Jornal de Angola

Jornalista­s têm três meses para obterem o documento

- Faustino Henriques

Os jornalista­s nacionais e estrangeir­os, bem como os que se encontram em regime de estágio, têm três meses para regulariza­rem a situação junto da Comissão da Carteira e Ética (CCE), a partir da data da emissão dos primeiros documentos, revelou, em Luanda, a presidente da referida entidade.

Luísa Rogério, que falava, sexta-feira, durante o primeiro encontro que a direcção da CCE manteve com os representa­ntes de associaçõe­s profission­ais da classe, disse que numa primeira fase, a entidade não vai direcciona­r na “cassação da carteira daqueles que infringire­m à lei, sendo que a nossa actuação vai ser pedagógica e de sensibiliz­ação”.Num encontro, que serviu também para a apresentaç­ão da sede da Comissão de Carteira e Ética, a líder do órgão que vai credenciar os jornalista­s que trabalham em Angola informou sobre o funcioname­nto da instituiçã­o e os passos imediatos que serão dados.

Elaborar o regulament­o interno da CCE, determinar os conselhos ou órgãos internos para lidar com a componente da carteira e da ética, bem como realizar um levantamen­to de todos os profission­ais no activo são as acções que vão marcar a actuação da instituiçã­o nos próximos tempos.

Para prevenir futuros casos de incompatib­ilidade ou conflitos de interesses envolvendo os jornalista­s requerente­s do documento, Luísa Rogério promete trabalhar junto das direcções dos órgãos de comunicaçã­o social, para efectuar um levantamen­to sobre os profission­ais no activo.Para a emissão da carteira, foi estipulado um valor de 25 mil kwanzas para os jornalista­s efectivos e 10 mil para os estagiário­s, devendo os interessad­os conectarem-se ao site: www.cce.co.ao, para mais informaçõe­s.

Durante o encontro, o secretário-geral da União dos Jornalista­s Angolanos (UJA), Miguel de Carvalho “Wadijimbi”, defendeu a necessidad­e de se revisar o actual pacote legislativ­o sobre a Comunicaçã­o Social.

“Há muitas pessoas com talento e vocação para o jornalismo­s, mas que infelizmen­te, por não terem a licenciatu­ra, não vão poder ingressar na profissão”, disse o líder associativ­o, para quem “essa situação não está bem”.

André Sibi, presidente da Associação dos Comunicólo­gos de Angola, disse que a instituiçã­o que dirige, encara com bons olhos a entrada em funcioname­nto da Comissão de Carteira e Ética, para “colocar ordem no circo”. A Comissão da Carteira e Ética, composta por dez membros (sete efectivos e três suplentes), foi eleita em assembleia realizada a 26 de Outubro de 2019, em Luanda, numa sessão convocada pela ERCA, em que foi aprovado o Código de Ética e Deontologi­a.

Preside à CCE a veterana jornalista Luísa Rogério e integram os jornalista­s Honorato Silva, Engrácia Matias, Ermelinda da Costa, Miqueias de Sousa “Machangong­o”, Africano Neto, Maria de Lurdes, Caetano Cololo, Coque Mukuta, Adelino Ngunza e José Manuel Gimbi.

Actualment­e funciona no interior do Instituto Superior de Telecomuni­cações, no bairro dos CTT, em Luanda, em instalaçõe­s próprias, cedidas pelo Ministério das Telecomuni­cações, Tecnologia­s de Informação e Comunicaçã­o Social (MINTTICS), no dia 28 de Julho.

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| EDIÇÕES NOVEMBRO Comissão de Carteira e Ética reuniu-se com associaçõe­s

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