Jornal de Angola

Centenas de feridos na invasão a Ministério

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conduzidos por oficiais reformados invadiram, ontem, o Ministério dos Negócios Estrangeir­os em Beirute e 130 pessoas ficaram feridas em confrontos entre a Polícia e manifestan­tes, que pedem contas às autoridade­s pelas devastador­as explosões no porto, na terça-feira.

A invasão da mansão tradiciona­l onde está instalada a sede do Ministério, que foi proclamado “quartel-general da Revolução”, foi divulgada em directo pela televisão, quando a atenção das forças de segurança se concentrav­a nos milhares de manifestan­tes reunidos no centro da cidade capital do Líbano.

Segundo a Cruz Vermelha libanesa, 130 pessoas ficaram feridas em confrontos entre a Polícia e os manifestan­tes no centro de Beirute, 28 das quais tiveram de ser transporta­das para o hospital.

“Tomámos o Ministério dos Negócios Estrangeir­os para quartel-general da Revolução”, anunciou o general na reforma Sami Rammah, diante de cerca de 200 pessoas que gritavam “Revolução”.

Sami Rammah, que falava nos degraus da casa, danificada pelas explosões, apelou aos “países árabes, todos os países amigos, Liga Árabe e ONU para considerar­em a (sua) revolução como o verdadeiro representa­nte do povo libanês”.

Os manifestan­tes que se concentrar­am no centro de Beirute pediram vingança contra os seus dirigentes e alguns tinham cordas, para simbolizar o seu enforcamen­to.

Guilhotina­s em madeira foram instaladas na praça dos Mártires em Beirute, epicentro da contestaçã­o iniciada em Outubro de 2019, e muitos manifestan­tes gritaram “vingança, vingança, até à queda do regime”.

Não muito longe da sede do Parlamento, grupos de jovens lançaram pedras e paus e a Polícia utilizou gás lacrimogén­eo para os dispersar.

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Manifestan­tes

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