Banco Mundial vai conceder nova tranche de usd 500 milhões
O Projecto de Desenvolvimento do Sector de Águas (PDISA), financiado pelo Banco Mundial com uma linha de 150 milhões de dólares, tem em vista, para breve, a abertura de outra de 500 milhões, que permitirá prosseguir-se com a cifra de mais de 25 mil ligações domiciliares efectuadas em cada uma das províncias abrangidas.
Segundo o secretário de Estado das Águas, Lucrécio Costa, as condicionantes financeiras, nos últimos cinco anos, levaram a que apenas 18 por cento das empreitadas em curso fossem concluídas.
O Ministério da Energia e Águas trabalha, ininterruptamente, para assegurar o acesso à rede pública de água às populações do país no mais curto espaço de tempo, tendo abastecido, no quadro do actual programa de contingência, entre 50 e 60 por cento dos consumidores pela rede não convencional.
Dados avançados indicam que o programa abasteceu 3,5 milhões de litros/dia, embora o ideal fosse atingir-se a cifra dos seis milhões de litros.
Mesmo sem ser o ideal, o secretário de Estado das Águas, Lucrécio Costa, esclareceu no espaço Grande Entrevista da Televisão Pública de Angola (TPA), que será preciso no futuro dedicar quatro a cinco por cento do Orçamento ao sector para estabilidade da situação.
Actualmente, disse, o sector beneficia-se de 2,1 ou 2,5 por cento, mas terá de no mínimo caminhar até aos 3,5 por cento para ter atenuada as enormes dificuldades actuais desde a captação, tratamento até a distribuição da água às habitações.
Para Lucrécio Costa, os investimentos no sector das águas devem acompanhar o crescimento da população, lembrando que, no mundo, há actualmente, cerca de 1,6 biliões de pessoas sem acesso à água. Quanto aos programas em curso, esclareceu que o “Água para Todos” deverá na sua nova abordagem integrar a estratégia de combate à fome e à pobreza, passando para os governos locais. Ainda assim, far-se-ão os ajustes necessários, atendendo as falhas verificadas.