Menor usa a arma do pai e mata a tiro uma vizinha
O pai da menina e dono da arma, um efectivo do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, foi detido pela Polícia Nacional
Marlene Isabel, de 11 anos, foi morta, há dias, com um tiro na cabeça, disparado por uma amiga da mesma idade, no Distrito Urbano do Rangel, município de Luanda.
O chefe do Departamento de Comunicação Institucional e Imprensa do Comando Provincial de Luanda da Polícia Nacional, inspector-chefe Nestor Goubel, disse, ao Jornal de Angola, que o crime ocorreu por volta das 22 horas, num quintal localizado na rua 8 de Novembro.
Explicou que o incidente ocorreu quando a mãe orientou à falecida no sentido de ir à casa da acusada para acompanhá-la a ir comprar kissangua, numa moradia ao lado, de uma amiga do bairro.
Presume-se que, na brincadeira e na maior inocência, a acusada, que sabia onde ficava a arma de fogo do pai, começou a brincar com a mesma, acabando por efectuar um disparo, que atingiu a região da cabeça da vítima, que teve morte imediata.
Nestor Goubel explicou que o pai da menina, dono da arma, que é efectivo do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, foi detido, estando a acusada sob custódia das autoridades, tendo em conta a idade e o tratamento subsequente que o caso deve merecer.
A menor, explicou, será encaminhada aos órgãos de direito, como o Julgado de Menores.
Nestor Goubel apelou aos cidadãos que possuem armas de fogo, como militares e funcionários de vários órgãos do Ministério do Interior, no sentido de mantê-las distante do alcance dos familiares, sobretudo das crianças, para se evitar situações do género.
O chefe do Departamento de Comunicação Institucional e Imprensa do Comando Provincial de Luanda da Polícia Nacional reprovou a atitude de muitos cidadãos portadores de armas de fogo, orgânicas e não orgânicas, que as colocam por cima da banca de cabeceira, ignorando as consequências que possam advir.
“Este tem sido um comportamento que já fez vítimas, havendo mesmo indivíduos que, quando confrontados com situações menos boas, como uma discussão ao nível de famílias, recorrem à arma de fogo, para amedrontar, pelo que é necessário denunciar casos do género”, disse Nestor Goubel.