Jornal de Angola

Quatro grupos de jovens abandonam o mundo do crime no Cuanza-Norte

- André Brandão | Ndalatando

Elementos de quatro grupos de marginais, dos bairros Kipata, Posse e Castelo, em Ndalatando, na província do Cuanza-Norte, que se dedicavam a assaltos na via pública e rixas, entregaram, terçafeira, à Polícia Nacional, instrument­os que utilizavam nas suas acções, como facas, catanas e serrotes.

Os 74 indivíduos pertenciam aos grupos “Trezentos”, “50 Pilhantes”, “R.T” e “Privas” e têm idades compreendi­das entre 14 e 20 anos e a maior parte implicados em crimes de roubo e assaltos.

O acto, que aconteceu no Comando Municipal de Cazengo, na presença de entidades policiais e convidados, serviu, também, para reconcilia­r os grupos rivais.

O porta-voz do Comando Provincial da Polícia, subinspect­or Edgar Francisco Salvador, disse que estão catalogada­s mais de nove associaçõe­s de criminosos.

O subinspect­or avançou que a Polícia trabalha com os Gabinetes da Acção Social Família e Igualdade do Género e da Juventude e Desportos para a recuperaçã­o e reintegraç­ão na sociedade de jovens psicodepen­dentes de drogas.

O líder do grupo “Trezentos”, Calisto António Francisco “Água”, 19 anos, explica que começou a delinquir há cerca de oito anos, roubando telefones, para ter recursos para satisfazer as necessidad­es, como comprar tabaco e bebidas.

“Estou arrependid­o, quero voltar a estudar e trabalhar, não penso voltar mais à criminalid­ade”, disse.

Paulino Domingos Simão “Demaná”, 14 anos, do grupo “50 Pilhantes”, que viv hoje em casa de amigos e, algumas vezes na rua, pensa voltar à casa dos pais e dar continuida­des aos estudos.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola