Quatro grupos de jovens abandonam o mundo do crime no Cuanza-Norte
Elementos de quatro grupos de marginais, dos bairros Kipata, Posse e Castelo, em Ndalatando, na província do Cuanza-Norte, que se dedicavam a assaltos na via pública e rixas, entregaram, terçafeira, à Polícia Nacional, instrumentos que utilizavam nas suas acções, como facas, catanas e serrotes.
Os 74 indivíduos pertenciam aos grupos “Trezentos”, “50 Pilhantes”, “R.T” e “Privas” e têm idades compreendidas entre 14 e 20 anos e a maior parte implicados em crimes de roubo e assaltos.
O acto, que aconteceu no Comando Municipal de Cazengo, na presença de entidades policiais e convidados, serviu, também, para reconciliar os grupos rivais.
O porta-voz do Comando Provincial da Polícia, subinspector Edgar Francisco Salvador, disse que estão catalogadas mais de nove associações de criminosos.
O subinspector avançou que a Polícia trabalha com os Gabinetes da Acção Social Família e Igualdade do Género e da Juventude e Desportos para a recuperação e reintegração na sociedade de jovens psicodependentes de drogas.
O líder do grupo “Trezentos”, Calisto António Francisco “Água”, 19 anos, explica que começou a delinquir há cerca de oito anos, roubando telefones, para ter recursos para satisfazer as necessidades, como comprar tabaco e bebidas.
“Estou arrependido, quero voltar a estudar e trabalhar, não penso voltar mais à criminalidade”, disse.
Paulino Domingos Simão “Demaná”, 14 anos, do grupo “50 Pilhantes”, que viv hoje em casa de amigos e, algumas vezes na rua, pensa voltar à casa dos pais e dar continuidades aos estudos.