Novo sintoma raro alerta cientistas
Febre, tosse contínua e falta de ar estão entre os principais sintomas de infecção pelo novo coronavírus SARS-CoV2, causador da Covid-19.
Prém, agora os especialistas alertam que podemos estar a lidar com um sintoma adicional - e mais raro - de Covid-19.
De acordo com um artigo publicado no jornal britânico The Sun, o alerta surge após um enfermeiro de Queensland, na Austrália, ter testado positivo para o vírus depois de ter sentido dores na zona do abdómen.
O profissional não padecia dos outros sintomas chave da patologia, mas tinha estado a tratar de doentes numa ala dedicada ao coronavírus no hospital de Ipswich, perto de Brisbane.
Steven Miles, vice-primeiro-ministro e ministro da Saúde, disse: “Ele notou que estava a sofrer de dores abdominais, algo que normalmente não é considerado um sintoma de Covid-19, mas foi sem dúvida incrivelmente sábio e ainda assim identificou que poderia sim tratar-se de um sintoma da doença viral”. “Foi fazer o teste e deu positivo”.
Para Miles tal mostra como é importante estarmos atentos à nossa saúde, de modo a detectarmos algo que possa estar errado rapidamente. Isto porque actualmente ainda estamos a entender a doença e todas as suas facetas.
“Todos podemos fazer a coisa certa ao monitorizar a nossa saúde e se ocorrer qualquer sintoma, devemos fazer o teste sem hesitar”, afirmou.
Suspeitas anteriores
Não é a primeira vez que especialistas reportam uma ligação entre dor abdominal e Covid-19. Um estudo publicado pelo Royal College of Physicians, em Maio, sugere que vários doentes com SARS-CoV-2, em França, haviam sofrido de dores abdominais e, surpreendentemente, não tinham tido sintomas pulmonares.
Investigadores afirmaram que em pelo menos um dos pacientes, essa dor havia sido associada a náuseas e diarreia - sintomas esses que estão ambos incluídos na lista da Organização Mundial de Saúde (OMS), como sinais menos comuns de Covid-19.
Todavia, os investigadores notaram que “até ao momento não havia sido reportada a incidência de dor abdominal aguda como primeira manifestação de Covid-19”.