Investimento massivo na formação é a chave para a industrialização
Na intervenção na Cimeira Global de Manufacturação e Industrialização, que decorre até hoje, por videoconferência, o Chefe de Estado defendeu a criação de políticas que motivem a permanência dos quadros nos respectivos países
Vários Chefes de Estado africanos, incluindo o angolano, apresentaram, ontem, as ideias a respeito da industrialização do continente, com uma nova perspectiva de aceleração ancorada no “Plano Marshall da Alemanha com a África”. João Lourenço defendeu que o investimento na formação massiva de quadros qualificados nos mais diferentes ramos do saber pode acelerar a industrialização de África. “Teremos sucesso no nosso esforço de desenvolvimento económico, industrial e tecnológico de África, se o continente apostar, seriamente, em investir na formação massiva de quadros qualificados nos mais diferentes ramos do saber e conseguir criar políticas que motivem a permanência desses quadros nos respectivos países”, disse o Presidente da República, no primeiro dia da 3ª edição da Cimeira Global de Manufacturação e Industrialização, em formato de vídeoconferência. “África é dos continentes com maiores reservas mundiais de recursos naturais, como a água dos rios e lagos, terras aráveis, florestas e abundantes recursos minerais, entre os quais alguns raros e estratégicos, mas que, apesar disso e paradoxalmente, é o continente menos desenvolvido do ponto de vista económico, industrial e tecnológico”, disse.
O Presidente da República, João Lourenço, afirmou, ontem, que o sucesso no esforço do desenvolvimento económico, industrial e tecnológico de África depende da aposta séria do continente em investir na formação massiva de quadros qualificados nos mais diferentes ramos.
O Chefe de Estado, que falava no primeiro dia da terceira edição da Cimeira Global de Manufacturação e Industrialização, que decorre, até hoje, por videoconferência, o sucesso passa, igualmente, na criação de políticas que motivem a permanência dos quadros nos respectivos países.
O PresidenteJoão Lourenço fez notar que “África é dos continentes com maiores reservas mundiais de recursos naturais, como a água dos rios e lagos, terras aráveis, florestas e abundantes recursos minerais, entre os quais alguns raros e estratégicos mas que, apesar disso e paradoxalmente, é o continente menos desenvolvido do ponto de vista económico, industrial e tecnológico”.
João Lourenço lembrou que “para a actual situação contribuiu negativamente a colonização a que o continente esteve submetido ao longo de séculos e as actuais relações entre África e o mundo industrializado, nas injustas trocas comerciais das matérias-primas por nós produzidas e os bens de consumo manufacturados pelos mais desenvolvidos”.
O Presidente da República defendeu ser necessário que se criem em África “postos de trabalho, mas também se invista em infra-estruturas como estradas, portos, caminhos-de-ferro, na produção e distribuição de água e de energia eléctrica, assim como nas telecomunicações e tecnologias de informação”.
A uma pergunta sobre se a actual crise oferece uma oportunidade para repensar o desenvolvimento de África, João Lourenço respondeu afirmativamente: “Sim, oferece. Costuma dizer-se que as dificuldades aguçam o engenho porque quando aparentemente nos parece não haver soluções, eis que nasce a criatividade e nos leva a fazer a coisa certa”.
“No caso concreto de Angola – referiu - entendemos ser importante criar o ambiente de negócios propício ao investimento privado, coisa que vimos fazendo desde 2018, com a actualização da legislação de protecção da propriedade privada e do investimento estrangeiro, a facilitação ou isenção dos vistos para os investidores e os turistas, assim como o combate acérrimo contra a corrupção e a impunidade, cujos efeitos benéficos na economia e na sociedade já se fazem sentir”.
O também Titular do Poder Executivo assinalou que o país está a melhorar e ampliar a rede de estradas nacionais de todas as categorias, continua a investir no aumento da oferta de água e energia para as indústrias e para as populações e, em breve, concluirá a montagem do Aproveitamento Hidroeléctrico de Laúca, que vai gerar 2.070 MW de energia para distribuir pelo centro, sul e leste do país.
Presidente da República defendeu que se criem, em África, postos de trabalho, mas também se invista em infra-estruturas como estradas, portos, caminhosde-ferro, na produção e distribuição de água e energia eléctrica