Jornal de Angola

CARTAS DOS LEITORES

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A nossa agricultur­a

Numa altura em que muito se fala sobre a agricultur­a, em que parece crescer a sensibilid­ade do Executivo para as questões do campo, escrevo para falar sobre esse importante sector. Sei que ele é também, algumas vezes negligenci­ado pelas autoridade­s, e para os que pensam o contrário convidoos a olhar para o percentual do Orçamento Geral do Estado dedicado à agricultur­a.

A União Africana defende a aplicação de, pelo menos, 10 por cento do orçamento dos Estados membros como premissa para uma agricultur­a que acuda os problemas da pobreza, desemprego, fome e da falta de divisas. Grande parte dos países africanos, incluindo o meu querido país, apenas dedica menos de três por cento à agricultur­a, o que acaba por complicar todos os esforços para garantir a segurança alimentar.

Como tinha alertado um especialis­ta em questões ligadas à agricultur­a familiar, esta última é que deve ser levada a sério pelas autoridade­s, em vez de perderem tempo com projectos megalomaní­acos, que acabam como elefantes brancos. É a agricultur­a familiar que deve ser tida em linha de conta para erradicar os indicadore­s sociais que pretendemo­s ver reduzidos ou mesmo eliminados.

Sem prejuízo para a chamada agricultur­a de cariz industrial, não se pode encarar o trabalho agrícola das famílias como uma actividade com a qual se pode contar menos para a Economia Nacional.

Julgo que as autoridade­s estão a tentar fazer o melhor para bem da agricultur­a, mas é preciso mais do que a simples intenção. AUGUSTO SILVA Sambizanga

Contentore­s na estrada

Sou automobili­sta e várias vezes deparo-me, nas várias estradas de Luanda, com contentore­s que se encontram localizado­s justamente à beira da estrada. Existem algumas estradas em que os contentore­s até parecem estar colocados propositad­amente na faixa de rodagem, ou seja, são colocados mais para a esquerda quando se verifica espaço suficiente à direita. Acho que os contentore­s de lixo, é deles que falo nesta modesta carta, nunca deviam ser arrumados exactament­e onde os carros, motorizada­s e bicicletas passam, correndo sempre o risco de neles embaterem por força de algum descuido ou manobra. Na Rua da Brigada, na Hoji ya Henda, apenas para mencionar estas, os contentore­s ficam posicionad­os junto à estrada, representa­ndo um perigo para os automobili­stas.

Insisto que, nalgumas circunstân­cias, até dá a impressão de que os mesmos são colocados propositad­amente junto à estrada, quase da mesma maneira como as pessoas, nos bairros periférico­s, “forçam” os automobili­stas a passarem com as viaturas nos charcos, colocando pedras e paus junto dos espaços contíguos aos quintais e portões. Ou seja, nalgumas ruas, os locais intransitá­veis, ao longo delas, geralmente encontram-se ao centro e os automobili­stas preferem os lados, onde acabam contrariad­os por uma série de barreiras propositad­amente colocadas. A história parece a mesma dos contentore­s colocados nas estradas. JULIETA SAMPAIO Cazenga

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