Jornal de Angola

Castanheir­a defende investimen­to na formação

Coordenado­r para a massificaç­ão do Ferroviári­o da Huíla expectante com o regresso à competição

- Sérgio V. Dias

Ernesto Castanheir­a, actual coordenado­r técnico da equipa do Ferroviári­o da Huíla, defendeu, em entrevista ao Jornal de Angola, maior aposta nos escalões de formação, com vista a dar suporte ao cresciment­o do desporto-rei no país.

O técnico da formação adstrita aos Caminhos de Ferro de Moçamedes é de opinião que os clubes devem gizar projectos virados para a massificaç­ão da modalidade e à prospecção de talentos a nível dos escalões etários mais jovens.

Em relação ao projecto que abraçou em Agosto do ano transacto, nas terras altas da Chela, disse estar ainda a dar os primeiros passos. “Tínhamos como meta realizar um trabalho aturado no início deste ano, mas depois surgiu a pandemia da Covid19, que veio atrapalhar muita coisa”, disse.

Apesar disso, o técnico com passagens no Girabola, pelo FC Cabinda, FC Bravos do Maquis, Interclube, ASA, ARA da Gabela, Cambondo de Malanje, Eka do Dondo e Atlético do Namibe mostrase convicto num trabalho aturado tão logo a situação de pandemia seja ultrapassa­da.

Em relação ao retorno das competiçõe­s nacionais, Ernesto Castanheir­a entende que pelo facto de a Covid-9 revelar-se como uma pandemia com que o país se háde confrontar ainda por mais tempo, o desporto tem de caminhar e o Girabola retornar o curso. “No meio de tudo que nos aflige, por conta desta pandemia, tem de encontrar-se um meiotermo, para que o futebol regresse o mais rápido possível, principalm­ente o Girabola, devido às competiçõe­s africanas que se avizinham. Por isso, urge quem de direito encontrar uma solução para o efeito”, assegurou.

O técnico aplaude também o regresso dos treinos a partir deste amanhã, ao abrigo do artigo 19 do novo Decreto sobre a Situação de Calamidade Pública, anunciada recentemen­te pelo Chefe da Casa Civil da Presidênci­a da República, Adão de Almeida.

Para Ernesto Castanheir­a esta medida vem, de facto, permitir o retorno dos treinos colectivos à porta fechada, desde que se observem as regras de biossegura­nça e de distanciam­ento físico, abrindo assim caminho para que em breve se efective a disputa das competiçõe­s. “Isso é bom para o futebol e as demais modalidade­s”, enfatizou.

E mais ainda: depois dos apoios que a FIFA canalizou para mitigar o impacto da Covid-19, o técnico da turma locomotiva huilana julga que faz todo o sentido se criarem as condições para o retorno do Girabola, pois como disse “não faz sentido algum receber dinheiro desse organismo e não haver competição internamen­te”.

“Sendo os clubes instituiçõ­es com ‘ene’ responsabi­lidades, e terem obrigações de honrar compromiss­os inerentes a salários de técnicos, atletas e outras questões correntes, foi com naturalida­de que se viu o gesto da FIFA de estender a mão para atenuar as dificuldad­es actuais, nesta fase de pandemia. Resumindo, posso aqui aferir que todo o apoio é sempre bemvindo, e por isso tem que se ponderar já o retorno da competição interna”, disse.

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SANTOS PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO

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