Jornal de Angola

Campanha eleitoral marcada por protestos contra o Presidente

Oposição ameaça boicotar a votação devido à insistênci­a do Presidente Alpha Condé em concorrer a um terceiro mandato

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A campanha eleitoral para as eleições presidenci­ais de 18 de Outubro na Guiné Conacri começou à meia noite de ontem e termina a 17 de Outubro às 12 horas, no meio de uma enorme contestaçã­o à tentativa de reeleição de Alpha Condé.

Segundo a AFP, onze candidatos, incluindo duas mulheres, vão competir com Alpha Condé, que continua a beneficiar dos movimentos de apoio criados por jovens e mulheres para a reeleição à primeira volta.

Cada um desses 12 candidatos pagou como caução 800 milhões de francos guineenses, (quase 100 mil dólares). A Comissão Eleitoral Nacional Independen­te (CENI), que indicou recentemen­te ter registado cinco milhões 400 mil eleitores e cancelado 212 mil recenseame­ntos duplos, é atacada pelo partido do ex-PrimeiroMi­nistro Mamadou Cellou Dalein Diallo, líder do União das Forças Democrátic­as da Guiné (UFDG), que denunciou “um aumento” do número de eleitores nas zonas de influência da Coligação para o Povo da Guiné Conacri (RPG Arco-íris, no poder), particular­mente na Alta Guiné e na região de Savana.

A Frente Nacional de Defesa da Constituiç­ão (FNDC), estrutura que, há um ano, denunciou a “instauraçã­o de uma nova lei fundamenta­l que permite ao Presidente Alpha Condé disputar um novo mandato, além dos dois de cinco anos cada, findos, anunciou a retomada, no final deste mês, de manifestaç­ões de rua em todo o país, com o objectivo de o obrigar a deixar o poder.

A FNDC convocou os seus membros, incluindo líderes da oposição, para boicotarem as eleições, se Condé concorrer.

Manifestaç­ões da FNDC, que se prevêem pacíficas, terminam sempre com actos de violência, que resultam em mortes e ferimentos nas fileiras dos manifestan­tes e das forças da ordem.

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DR Apoiantes de Alpha Condé dizem estar preparados para vencer na primeira volta das eleições

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