Jornal de Angola

OMS alerta para taxas de transmissã­o alarmantes

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Organizaçã­o Mundial da Saúde considerou que as taxas de transmissã­o da Covid-19 na Europa são alarmantes, assinaland­o que o mês de Setembro tem que ser um alerta.

“Temos perante nós uma situação muito grave, com mais casos semanais do que se verificava no primeiro pico da pandemia na Europa, em Março passado. Na semana passada, o total de casos superou os 300 mil”, afirmou o director regional da OMS para a Europa, Hans Kluge, em conferênci­a de imprensa virtual.

O responsáve­l reconheceu que o número de novos casos reflecte o número de testes realizados, mas considerou que revela “ritmos de contágio alarmantes”.

Hans Kluge admitiu que existe entre as populações uma “fadiga natural” com a persistênc­ia de uma crise sanitária como a da Covid19 e que é preciso compreendê-la e saber em que situações é que coloca as pessoas em risco.

No entanto, a OMS ainda não recomenda medidas como as adoptadas em França, como a redução do tempo de quarentena de 14 para sete dias, porque “mesmo uma ligeira redução na duração da quarentena” pode ter efeito na propagação da doença.

“O período de 14 dias é uma estimativa conservado­ra do período infeccioso” e, apesar de contemplar alguma incerteza, cobre “três a cinco dias antes e cinco dias depois do aparecimen­to dos sintomas”.

Kluge encorajou os países europeus a tomarem “decisões baseadas na ciência” e a “explorarem opções de redução seguras.

O conceito de quarentena tem que ser protegido, adaptado continuame­nte e bem comunicado, sem qualquer ambiguidad­e”, defendeu. O director regional da OMS pediu “coerência regional” aos países europeus, apontando que “a resposta à crise foi eficaz quando as acções foram rápidas e decididas”, mas que “o vírus foi impiedoso quando se meteu a politizaçã­o e a desinforma­ção”.

Com mais de 4.893.600 casos e acima de 226.520 mortes na região europeia, o impacto da pandemia manifesta-se também “de forma monumental na saúde mental, nas economias e nas sociedades”.

Considerou que o confinamen­to adoptado nos países europeus na Primavera teve resultados, conseguind­o-se em Junho a maior redução no número de novos casos.

“Os números de Setembro, no entanto, devem servir como um alerta para todos”, salientou. Mais de metade dos países da região da Europa “tiveram aumento de novos casos diários superiores a 10 por cento nas últimas duas semanas” e sete nações viram o número de novos casos duplicar nesse período.

Na primeira semana de Setembro, a faixa etária em que se verificam mais novos casos é entre os 25 e 49 anos, notou.

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