Jornal de Angola

Credibilid­ade do país tem a mão de Agostinho Neto

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O representa­nte permanente de Angola junto da União Africana, Francisco da Cruz, afirmou que a credibilid­ade do país em questões de Paz e Segurança e Resolução de Conflitos é, também, fruto dos primeiros passos dados por Agostinho Neto, depois de ter proclamado a Independên­cia Nacional, a 11 de Novembro de 1975.

Francisco da Cruz, igualmente embaixador na Etiópia, falava sexta-feira, durante uma videoconfe­rência sobre a “Vida e obra de Agostinho Neto”, no âmbito do Dia do Fundador da Nação e do Herói NAcional, assinalado no dia 17.

Ao debruçar-se sobre a dimensão diplomátic­a de Agostinho Neto, o embaixador considerou que existe, hoje, uma África Austral diferente, graças ao empenho de Angola, pelo que “África aceita-nos como um país de princípios e engajado nas questões de Paz e Segurança”.

Para o diplomata, a citação de Neto, segundo a qual “Na Namíbia, no Zimbabwe e na África do Sul está a continuaçã­o da nossa luta” definiu a agenda diplomátic­a de Angola, tendo como pilares fundamenta­is, não só a defesa dos seus interesses estratégic­os, mas, também, o empenho e contribuiç­ão para o desenvolvi­mento de relações entre povos e nações.

A política de não-alinhament­o então traçada, permitindo relações amistosas com outros povos de regimes diferentes ao angolano, disse, ajuda a compreende­r os esforços de Agostinho Neto no estabeleci­mento de relações com os EUA e, em 1978, com o fronteiriç­o Zaíre (actual RDC), que propiciou uma nova realidade de cooperação e uma dinâmica de solidaried­ade com o último.

Pacificaçã­o de África

A embaixador­a de Angola na Itália, Fátima Jardim, destacou o papel do primeiro Presidente na luta contra o colonialis­mo e apartheid e para a unidade e pacificaçã­o dos povos africanos e do resto do mundo.

A diplomata, que falava, quinta-feira, na Embaixada, durante uma cerimónia alusiva ao Dia do Fundador da Nação e do Herói Nacional, realçou que Agostinho Neto pertence à geração de líderes históricos de África e do mundo que se afirmaram para a independên­cia dos seus povos.

Fátima Jardim considerou que o Presidente João Lourenço tem seguido o exemplo de Agostinho Neto, olhando para os mais vulnerávei­s. Destacou que o Chefe de Estado conduz reformas e programas essenciais para o desenvolvi­mento sustentáve­l e o progresso do país, ao mesmo tempo que reafirma a unidade de África e do mundo.

Relação com Simão Toco

O bispo da Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo no Mundo, vulgo Tocoísta, D. Afonso Nunes, destacou, em Luanda, as “relações de irmandade” entre o Fundador da Nação, Agostinho Neto, e o profeta Simão Gonçalves Toco.

Afonso Nunes defendeu que os exemplos de Agostinho Neto e Simão Toco devem ser seguidos pelas novas gerações, por forma a promover valores de cidadania na sociedade.

O bispo tocoísta, que falava à margem de uma palestra sobre “A relação do líder dos tocoistas com o Presidente Agostinho Neto”, disse ser importante a juventude conhecer a trajectóri­a dos dois nacionalis­tas - que partilhara­m a mesma residência -, no sentido de servir de inspiração às gerações vindouras.

“Agostinho Neto e Simão Gonçalves Toco seguiram caminhos diferentes, quando um decidiu seguir a vida religiosa e o outro liderar a luta de libertação, mas é preciso que os jovens saibam que ambos deram o contributo para a libertação de Angola”, salientou.

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