Produção desce para 35 milhões de barris
A produção de petróleo notificada à Administração Geral Tributária (AGT) pelos operadores, caiu 5,7 por cento em Agosto, descendo para 35.042.001 barris, que se comparam com os 37.070.382 de Julho, de acordo com números publicados durante a semana no site do Ministério das Finanças.
Esses números que contrariam dados divulgados por fontes secundárias da OPEP sobre um ligeiro crescimento da produção angolana de crude em 24 mil barris por dia no mês passado.
Os dados da AGT, divulgados para aferir a evolução das receitas fiscais do petróleo, indicam que, no mês de Agosto, os operadores petrolíferos pagaram 227.450 milhões de kwanzas em impostos ao Estado, pouco mais de 9,00 por cento que os 208.042 milhões de Julho.
Essa evolução é atribuída à ascensão do preço médio do barril de petróleo, que passou de 39,24 dólares em Julho, para 43,95 em Agosto, um aumento de 12 por cento que se reflectiu sobre o volume da receita paga ao Estado.
O documento descreve remessas totais superiores a 45.053 milhões de kwanzas com o Imposto sobre O rendimento do Petróleo (IRP), de 14.535 milhões com o Imposto sobre a Produção de Petróleo, além de 167.860 milhões em receitas da concessionária.
O relatório mensal da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) divulgado na terçafeira atribuía a Angola um aumento da produção angolana em 24 mil barris por dia durante o mês de Agosto, citando dados de fontes secundárias.
O mais recente relatório da OPEP refere também que, em termos de “comunicações directas à organização, Angola terá produzido 1,266 milhões de barris por dia em Agosto, menos nove mil barris por dia que no mês anterior. No final de uma reunião por videoconferência da OPEP, que na quinta-feira juntou os 13 países da organização e 10 associados liderados pela Rússia, o ministro da Energia da Arábia Saudita, Abdulaziz bin Salman, advertiu os países que não estão a cumprir o programa de cortes decididos para equilibrar os preços. “Quem não cumprir sofrerá as consequências”, afirmou o príncipe saudita, sublinhando que o programa de cortes “não visa a caridade”, com o que os incumpridores são obrigados a compensar o acordo a partir de Setembro. A OPEP, que observa sucessivos planos de corte na produção desde 2017, concordou, em Abril, em retirar do mercado 9,7 milhões de barris por dia de Maio até ao final de Julho, um valor que é reduzido para 7,7 milhões entre 1 de Agosto e o princípio de Novembro.