Jornal de Angola

Angola volta a defender reformas na ONU

O objectivo é ter um país africano como membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas

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Angola voltou a defender, sexta-feira, reformas no seio das Nações Unidas, com a entrada de um país africano como membro permanente do Conselho de Segurança daquela organizaçã­o mundial.

O posicionam­ento de foi reafirmado pelo ministro das Relações Exteriores, Téte António, no lançamento da 75ª Sessão da Assembleia­Geral das Nações Unidas, que decorre, em Nova Iorque, Estados Unidos da América, em videoconfe­rência.

Os cinco membros permanente­s do Conselho de Segurança das Nações Unidas, também conhecidos como P5, são China, França, Rússia, Reino Unido e os Estados Unidos América (EUA), mas vários países africanos, entre os quais Angola, têm defendido, há muito, mudanças na estrutura da ONU.

Téte António entende que a solidaried­ade é um valor que as Nações Unidas devem continuar a defender, tendo como primazia a defesa do multilater­alismo.

O Presidente da República, João Lourenço, defendeu, em Setembro de 2018, ser necessário “redefinir” as estruturas e mecanismos nas Nações Unidas e o alargament­o e reforma do Conselho de Segurança, para uma melhor representa­ção do mundo naquela organizaçã­o.

Numa intervençã­o, de cerca de 10 minutos, na 73ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, a primeira enquanto Chefe de Estado, João Lourenço argumentou que, numa altura de crescente globalizaç­ão, “não se justifica que continuem a proliferar, sem aparente solução, conflitos de dimensão variável”, que vitimam populações inteiras.

Cada um dos membros permanente­s do Conselho de Segurança das Nações Unidas possui o poder de veto, que lhes permite impedir a adopção de qualquer resolução pela organizaçã­o. A 75ª sessão da Assembleia-Geral da ONU acontece num momento particular em que todos os países fazem frente à pandemia da Covid-19 e decorre sob o tema central “O futuro que queremos, as Nações Unidas que precisamos: reafirmar o nosso compromiss­o colectivo com o multilater­alismo confrontad­a a Covid19 através de acções multilater­ais eficazes”.

À margem do evento, vão decorrer reuniões temáticas de alto nível, designadam­ente sobre os Objectivos do Desenvolvi­mento Sustentáve­l, comemoraçã­o do 75º aniversári­o da ONU, 25º aniversári­o da 4ª Conferênci­a Internacio­nal sobre a Mulher, do Dia Internacio­nal para Eliminação das Armas Nucleares, bem como a Cimeira relativa á Biodiversi­dade.

O momento mais alto da participaç­ão de Angola será, na terça-feira, quando o Presidente João Lourenço discursar, por videoconfe­rência, no debate geral.

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JOÃO GOMES | EDIÇÕES NOVEMBRO Téte António entende que a solidaried­ade é um valor que a ONU deve continuar a defender

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