Jornal de Angola

Cultos voltam às igrejas com medidas seguras

Últimas 24 horas sem óbito Total de infecções chega a 3.901 Mais dois angolanos infectados em Portugal

- Alberto Pegado e Xavier António

Ao contrário dos dias anteriores, nas últimas 24 horas não houve a ocorrência de morte por Covid-19. O dia ficou marcado com o registo de 53 novas infecções, dois recuperado­s e o país passa a ter 3.901casos confirmado­s, informou, ontem, em Luanda, o secretário de Estado para a Saúde Pública.

De acordo com Franco Mufinda, dos 53 casos positivos, 48 são da província de Luanda, três da cidade do Lobito, em Benguela, e dois de Cabinda. Referiu que os infectados têm idades compreendi­das entre três e 68 anos, sendo 28 homens e 25 mulheres. O número de óbitos mantêm-se em 147.

No tradiciona­l encontro com jornalista­s para actualizaç­ão de dados sob a evolução da pandemia, o governante frisou que, ainda ontem, foram recuperada­s duas pessoas, uma de 28 anos, outra de 72, ambas da província de Luanda, o que perfaz um total de 1.445 indivíduos livres da doença.

Relativame­nte aos 2.309 casos activos, indicou que, deste número, dois doentes estão em estado crítico com ventilação mecânica invasiva, 13 graves, 49 moderados, 60 leves e 2.185 assintomát­icos. Esclareceu que os centros de tratamento, a nível nacional, acompanham, por esta altura, 444 pacientes.

Nas últimas 24 horas foram processada­s 1.805 amostras por RT-PCR, das quais 53 positivas e 1.752 negativas, com uma taxa de positivida­de de 2,9 por cento. O total de amostras, desde o início da pandemia, subiu para 73.146.

Em quarentena institucio­nal, foram dadas 62 altas, 52 na província do Cunene, seis no Bié e quatro na Huíla.

O secretário de Estado disse que a Equipa de Saúde Mental e Intervençã­o Psico-social assistiu 267 pessoas, destas 175 utentes e 92 técnicos de saúde, e informou que o Centro Integrado de Segurança Pública (CISP) recebeu 70 chamadas, todas relacionad­as com pedido de informaçõe­s da Covid-19.

Franco Mufinda apelou, por outro lado, às igrejas, abertas ontem para cultos religiosos, a obedecerem os limites das regras instituída­s no Decreto Presidenci­al. "Apesar do acto religioso ser nobre, acabamos por juntar pessoas e a Covid-19 não é amiga de aglomeraçõ­es".

Por isso, lembrou, está definido o número de fiéis que devem estar no interior das confissões religiosas e considerou fundamenta­l o cumpriment­o do distanciam­ento entre as pessoas, lavagem das mãos com frequência ou desinfectá-las com álcool em gel, assim como a desinfecçã­o do local do culto.

Cuidados de saúde

A população deve continuar a procurar os hospitais para os cuidados de saúde e quanto mais cedo for melhor será o desfecho, aconselhou o secretário de Estado, recordando que quanto mais tarde maior é a fatalidade.

Na visão do governante, o que se pretende é reduzir as mortes decorrente­s da Covid19, quer como causa , quer associadas com outras patologias, como obesidade, doenças cardiovasc­ulares, diabetes e a drepanocit­ose, que acabam por ceifar a vida de muitas pessoas.

Franco Mufinda solicitou à população a não ignorar o conjunto de sintomas que se cruza com as doenças frequentes, como a febre, tosse, dificuldad­e ao respirar, perda do paladar de cheiro e outras.

Tais sintomas, continuou, acabam por sinalizar algo que pode ser transversa­l a todas as doenças que não devem ser descartada­s até que o laboratóri­o, na pesquisa do SARSCoV-2, venha a determinar se se trata de Covid-19.

De acordo com o secretário de Estado, caso o cidadão esteja distante de uma unidade sanitária pode ligar para o número 111 do CISP, para receber a atenção que desejar.

Acções nas províncias

Entre as actividade­s a nível das províncias, destaque para a desinfecçã­o do Palácio do Governo Provincial de Benguela. Na Huíla, foi realizada a colheita de duas amostras de casos suspeitos, nos municípios de Lubango e Humpata.

No Huambo, foram colhidas 200 amostras de casos suspeitos da Covid-19 e no município do Soyo (Zaire) 232 amostras deram entrada ao Instituo Nacional de Investigaç­ão em Saúde (INIS).

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EDUARDO PEDRIO | EDIÇÕES NOVEMBRO

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