Cultos voltam às igrejas com medidas seguras
Últimas 24 horas sem óbito Total de infecções chega a 3.901 Mais dois angolanos infectados em Portugal
Ao contrário dos dias anteriores, nas últimas 24 horas não houve a ocorrência de morte por Covid-19. O dia ficou marcado com o registo de 53 novas infecções, dois recuperados e o país passa a ter 3.901casos confirmados, informou, ontem, em Luanda, o secretário de Estado para a Saúde Pública.
De acordo com Franco Mufinda, dos 53 casos positivos, 48 são da província de Luanda, três da cidade do Lobito, em Benguela, e dois de Cabinda. Referiu que os infectados têm idades compreendidas entre três e 68 anos, sendo 28 homens e 25 mulheres. O número de óbitos mantêm-se em 147.
No tradicional encontro com jornalistas para actualização de dados sob a evolução da pandemia, o governante frisou que, ainda ontem, foram recuperadas duas pessoas, uma de 28 anos, outra de 72, ambas da província de Luanda, o que perfaz um total de 1.445 indivíduos livres da doença.
Relativamente aos 2.309 casos activos, indicou que, deste número, dois doentes estão em estado crítico com ventilação mecânica invasiva, 13 graves, 49 moderados, 60 leves e 2.185 assintomáticos. Esclareceu que os centros de tratamento, a nível nacional, acompanham, por esta altura, 444 pacientes.
Nas últimas 24 horas foram processadas 1.805 amostras por RT-PCR, das quais 53 positivas e 1.752 negativas, com uma taxa de positividade de 2,9 por cento. O total de amostras, desde o início da pandemia, subiu para 73.146.
Em quarentena institucional, foram dadas 62 altas, 52 na província do Cunene, seis no Bié e quatro na Huíla.
O secretário de Estado disse que a Equipa de Saúde Mental e Intervenção Psico-social assistiu 267 pessoas, destas 175 utentes e 92 técnicos de saúde, e informou que o Centro Integrado de Segurança Pública (CISP) recebeu 70 chamadas, todas relacionadas com pedido de informações da Covid-19.
Franco Mufinda apelou, por outro lado, às igrejas, abertas ontem para cultos religiosos, a obedecerem os limites das regras instituídas no Decreto Presidencial. "Apesar do acto religioso ser nobre, acabamos por juntar pessoas e a Covid-19 não é amiga de aglomerações".
Por isso, lembrou, está definido o número de fiéis que devem estar no interior das confissões religiosas e considerou fundamental o cumprimento do distanciamento entre as pessoas, lavagem das mãos com frequência ou desinfectá-las com álcool em gel, assim como a desinfecção do local do culto.
Cuidados de saúde
A população deve continuar a procurar os hospitais para os cuidados de saúde e quanto mais cedo for melhor será o desfecho, aconselhou o secretário de Estado, recordando que quanto mais tarde maior é a fatalidade.
Na visão do governante, o que se pretende é reduzir as mortes decorrentes da Covid19, quer como causa , quer associadas com outras patologias, como obesidade, doenças cardiovasculares, diabetes e a drepanocitose, que acabam por ceifar a vida de muitas pessoas.
Franco Mufinda solicitou à população a não ignorar o conjunto de sintomas que se cruza com as doenças frequentes, como a febre, tosse, dificuldade ao respirar, perda do paladar de cheiro e outras.
Tais sintomas, continuou, acabam por sinalizar algo que pode ser transversal a todas as doenças que não devem ser descartadas até que o laboratório, na pesquisa do SARSCoV-2, venha a determinar se se trata de Covid-19.
De acordo com o secretário de Estado, caso o cidadão esteja distante de uma unidade sanitária pode ligar para o número 111 do CISP, para receber a atenção que desejar.
Acções nas províncias
Entre as actividades a nível das províncias, destaque para a desinfecção do Palácio do Governo Provincial de Benguela. Na Huíla, foi realizada a colheita de duas amostras de casos suspeitos, nos municípios de Lubango e Humpata.
No Huambo, foram colhidas 200 amostras de casos suspeitos da Covid-19 e no município do Soyo (Zaire) 232 amostras deram entrada ao Instituo Nacional de Investigação em Saúde (INIS).