Jornal de Angola

A Covid-19 e a nova vaga de casos de infecção

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A pandemia da Covid-19 continua a preocupar os governos de todo o mundo, com a perspectiv­a de vir a ocorrer uma nova vaga de casos de infecção pelo novo coronavíru­s. A possibilid­ade de os casos de infecção com o coronavíru­s virem a aumentar tem levado governos a considerar novos confinamen­tos, um cenário que não é do agrado de ninguém, nem mesmo dos que têm, por força da sua qualidade de governante­s, de tomar essa decisão, em virtude disso poder vir a afectar a economia, que se ia abrindo progressiv­amente. A experiênci­a dos confinamen­tos ocorridos no início da pandemia foi dolorosa para milhões de pessoas, razão por que os governos tendem a ponderar com muito cuidado as decisões que podem vir a tomar proximamen­te, se se verificar uma nova vaga de casos de infecção que justifique medidas de maior restrição, em termos de mobilidade. Os governos estão perante um grande dilema: decretar novos confinamen­tos com o risco de a crise económica se agravar (e com as consequênc­ias sociais daí decorrente­s) ou continuar a abrir a economia com medidas mais restritiva­s, mas com o perigo de, mesmo restringin­do mais, os casos de infecção continuare­m a aumentar? O problema é que não se pode dissociar a crise sanitária provocada pela pandemia das questões de ordem económica. No actual contexto, com uma pandemia a criar problemas económicos e sociais, não é fácil para nenhum governo fazer opções. O que os governos podem fazer, nas actuais circunstân­cias de crise económica e sanitária, é tomar decisões para se evitarem males maiores, e sejam salvaguard­adas vidas humanas. Porque os governos não podem ainda assegurar uma situação de normalidad­e, vamos assistir por algum tempo mais a problemas diversos, nomeadamen­te de ordem social. Temos consciênci­a de que a pandemia de Covid-19 vai continuar a afectar todos os países, com maior ou menor grau de infecções. pelo que o melhor é continuarm­os a estar preparados para as situações menos boas que são e vão ser criadas por uma doença que nos deve obrigar a tomar continuame­nte as medidas necessária­s para combatê-la. Ninguém quer a Covid-19 nos lares, nos locais de trabalho, nas escolas ou nos lugares de lazer. Para tanto, devemos ser nós a assumir uma atitude de elevada responsabi­lidade individual e colectiva para que os casos de transmissã­o da doença diminuam drasticame­nte.

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