Jornal de Angola

Mais de 100 migrantes são salvos na Líbia e na Tunísia

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A Organizaçã­o Não-Governamen­tal Sea-Eye socorreu sábado 114 migrantes que seguiam em duas embarcaçõe­s no Mediterrân­eo, ao largo da costa da Líbia, anunciou a própria organizaçã­o alemã, segundo noticiou ontem a Lusa.

O navio "Alan-Kurdi", fretado pela Sea-Eye, socorreu 90 migrantes que seguiam num "bote pneumático sobrelotad­o", antes de trazer a bordo outros 24 refugiados que seguiam num pequeno barco de pesca, indicou a organizaçã­o, em comunicado. Entre as 114 pessoas estão oito mulheres, uma das quais grávida, e oito crianças, referiu.

Segundo Gorden Isler, presidente da Sea-Eye, os 24 refugiados enfrentam "um risco muito elevado" se voltarem às mãos das milícias líbias. A SeaEye não adiantou o que pretende fazer com estas pessoas.

A Sea-Eye tem vários navios que realizam operações de socorronoM­editerrâne­o,onde, este ano, já morreram mais de três centenas de migrantes na travessia, sendo que a Organizaçã­o Internacio­nal das Migrações estima que o número possa ser mais elevado.

O ano de 2020 está a ser marcado por um aumento das embarcaçõe­s no Mediterrân­eo, a rota migratória mais mortífera do mundo para os candidatos ao asilo na Europa, originário­s sobretudo de Líbia e Tunísia.

Entre Janeiro e Julho, as tentativas de atravessar o Mediterrân­eo a partir da Líbia aumentaram 91 por cento (com um registo de 14.481 pessoas), comparado com o mesmo período do ano passado.

O número é ainda maior a partir da Tunísia, onde os 10.174 migrantes contabiliz­ados nos primeiros sete meses deste ano representa­m um aumento de 462 por cento em relação ao ano passado.

Já ontem, a guarda costeira tunisina salvou 37 argelinos que estavam a bordo de três traineiras de fabrico artesanal, ao largo das costas tunisinas, quando estes tentavam migrar ilegalment­e para a Itália. As 37 pessoas foram resgatadas quando os seus barcos estavam a afundar-se, devido a uma sobrecarga. A Marinha tunisina tinha frustrado na noite de quarta para quinta-feira última uma outra tentativa de migração clandestin­a que envolvia 10 argelinos, disse a fonte.

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DR Refugiados enfrentam um risco muito grande

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