Jornal de Angola

Feitos do general Norton de Matos

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José Maria Mendes Ribeiro Norton de Matos, general e político de nacionalid­ade portuguesa, chegou a Angola no princípio de 1912, como governador-geral da “Província Ultramarin­a de Angola”.

Pouco depois da sua chegada, proibiu que as mercadoria­s fossem carregadas à cabeça, criando uma rede de estradas em todo o país. Ele destacou-se por ter dirigido o projecto do primeiro estudo sobre as doenças tropicais no Planalto Central, através de um Congresso Internacio­nal realizado para o efeito. As doenças tropicais já matavam muita gente na região naquela altura.

O Huambo homenageia Norton de Matos atribuindo o seu nome a uma avenida, onde a sua figura está em estátua, ladeada de mais quatro raparigas, que fazem as virtudes de um líder, e também a estátua do engenheiro António Vicente Ferreira.

Cada uma das raparigas representa uma virtude da liderança do general. Uma tem em mãos um livro que simboliza a sabedoria que um líder deve ter. A outra apresenta um cajado nas mãos que significa fortaleza, grandeza do dirigente que tem de ser forte de carácter e não pode ser influencia­do por qualquer mesquinhez. Uma outra tem uma taça de vinho, que simboliza a temperança que o dirigente pode usar, comes e bebes e outros atractivos, que devem ser sempre moderados. A quarta exibe uma balança que representa a Justiça, fazendo ver que o dirigente tem de ser justo durante a governação. Na época colonial, estas estátuas estavam colocadas defronte ao Palácio do Governador. “Estas quatro raparigas que não sejam confundida­s como esposas de Norton de Matos, pois ,naquela altura, quase era impossível acontecer isso, porque o Cristianis­mo não permitia figuras públicas envolverem-se na poligamia ”, disse Venceslau Kassesse.

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MIGUEL ÂNGELO | EDIÇÕES NOVEMBRO Então governador da província ultramarin­a
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