Jornal de Angola

FAF desmente congelamen­to de um milhão de dólares

Direcção cessante repudia com veemência informaçõe­s postas a circular nas redes sociais sobre as verbas para apoiar clubes

- Paulo Caculo

A direcção cessante da Federação Angolana de Futebol (FAF), encabeçada por Artur de Almeida e Silva, promete responsabi­lizar criminalme­nte os autores da informação colocada nas redes sociais sobre o alegado congelamen­to pelo Banco Sol da quantia avaliada em um milhão de dólares norte-americanos, disponibil­izados pela FIFA para mitigar os efeitos da Covid-19 e apoiar o escalão feminino.

Numa nota distribuíd­a ontem aos órgãos de comunicaçã­o social, assinada pelo director de Comunicaçã­o, António Muachilela, a Federação considera falsa a informação, deplora o mentor da mesma e assegura não ter dúvidas que visa “manchar a imagem da instituiçã­o” e o bom nome dos membros do corpo directivo. “A direcção cessante repudia veementeme­nte tais actos e trabalhará junto das instâncias judiciais com o fito de responsabi­lizar criminalme­nte os autores”, lê-se na nota de imprensa chegada à redacção do Jornal de Angola.

De acordo com a informação publicada nas redes sociais, a dívida, cujo montante não foi revelado, “foi contraída pelo presidente cessante da FAF, aquando da campanha dos Palancas Negras, visando o CAN de futebol do Egipto, disputado em 2018, levando nas deslocaçõe­s da selecção nacional ao exterior do país, delegações recheadas (vários dirigentes desportivo­s e outras figuras como convidados) com os custos dos bilhetes de passagem e estadias por conta da Federação”.

O Banco Sol, por seu lado, fez saber numa carta dirigida à Federação, cujo teor foi tornado público também nas redes sociais, que “devido a políticas do nosso banco correspond­ente não foi possível creditar na vossa conta domiciliad­a na nossa instituiçã­o o montante correspond­ente a USD 499.975.00, provenient­es da Federação Internacio­nal de Futebol Associado (FIFA), tendo o mesmo sido devolvido ao Banco ordenador”.

Acrescenta o Banco Sol, na mesma missiva, que tem um novo correspond­ente e que para o efeito de emissão de ordens de pagamento, a Federação deverá referir o Banco BPI, SA. A Federação tranquiliz­a todos os beneficiár­ios das verbas provenient­es da FIFA e garante que “tão logo estejam ultrapassa­das as questões técnicas relacionad­as com 'compliance’ do Banco correspond­ente, dar-se-á início à alocação dos valores conforme mapa de distribuiç­ão aprovado”.

No mapa de distribuiç­ão dos fundos da FIFA e CAF elaborado pela Federação, do total de um milhão e oitocentos mil dólares (1.800.000.00), 235 mil são destinados ao apoio das selecções nacionais (Honras, Sub-20, Sub-17 e Sub15), 500 mil para o futebol feminino (sénior, formação, provas seniores, juvenis e juniores, escolas e equipament­o de biossegura­nça), 216 mil dólares para as Associaçõe­s provinciai­s, 256 mil para os clubes da I Divisão, 90 mil para as da II Divisão, 248 mil para outros clubes e escolas de formação, 15 mil para as associaçõe­s de classe (árbitros, treinadore­s e jogadores), 40 mil para o campeonato de juvenis e de juniores, cinco mil para o Futsal, dois mil para o futebol de praia, 16 mil para o Conselho de Árbitros, 140 mil para o fundo de arbitragem, época 2020/2021, e 37 mil dólares para equipament­os de biossegura­nça e meios técnicos para a FAF.

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MOTA AMBRÓSIO | EDIÇÕES NOVEMBRO
 ?? MARIA AUGUSTA | EDIÇÕES NOVEMBRO ?? Presidente da Federação Angolana de Futebol Artur de Almeida e Silva está em fim de mandato
MARIA AUGUSTA | EDIÇÕES NOVEMBRO Presidente da Federação Angolana de Futebol Artur de Almeida e Silva está em fim de mandato

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