FAF desmente congelamento de um milhão de dólares
Direcção cessante repudia com veemência informações postas a circular nas redes sociais sobre as verbas para apoiar clubes
A direcção cessante da Federação Angolana de Futebol (FAF), encabeçada por Artur de Almeida e Silva, promete responsabilizar criminalmente os autores da informação colocada nas redes sociais sobre o alegado congelamento pelo Banco Sol da quantia avaliada em um milhão de dólares norte-americanos, disponibilizados pela FIFA para mitigar os efeitos da Covid-19 e apoiar o escalão feminino.
Numa nota distribuída ontem aos órgãos de comunicação social, assinada pelo director de Comunicação, António Muachilela, a Federação considera falsa a informação, deplora o mentor da mesma e assegura não ter dúvidas que visa “manchar a imagem da instituição” e o bom nome dos membros do corpo directivo. “A direcção cessante repudia veementemente tais actos e trabalhará junto das instâncias judiciais com o fito de responsabilizar criminalmente os autores”, lê-se na nota de imprensa chegada à redacção do Jornal de Angola.
De acordo com a informação publicada nas redes sociais, a dívida, cujo montante não foi revelado, “foi contraída pelo presidente cessante da FAF, aquando da campanha dos Palancas Negras, visando o CAN de futebol do Egipto, disputado em 2018, levando nas deslocações da selecção nacional ao exterior do país, delegações recheadas (vários dirigentes desportivos e outras figuras como convidados) com os custos dos bilhetes de passagem e estadias por conta da Federação”.
O Banco Sol, por seu lado, fez saber numa carta dirigida à Federação, cujo teor foi tornado público também nas redes sociais, que “devido a políticas do nosso banco correspondente não foi possível creditar na vossa conta domiciliada na nossa instituição o montante correspondente a USD 499.975.00, provenientes da Federação Internacional de Futebol Associado (FIFA), tendo o mesmo sido devolvido ao Banco ordenador”.
Acrescenta o Banco Sol, na mesma missiva, que tem um novo correspondente e que para o efeito de emissão de ordens de pagamento, a Federação deverá referir o Banco BPI, SA. A Federação tranquiliza todos os beneficiários das verbas provenientes da FIFA e garante que “tão logo estejam ultrapassadas as questões técnicas relacionadas com 'compliance’ do Banco correspondente, dar-se-á início à alocação dos valores conforme mapa de distribuição aprovado”.
No mapa de distribuição dos fundos da FIFA e CAF elaborado pela Federação, do total de um milhão e oitocentos mil dólares (1.800.000.00), 235 mil são destinados ao apoio das selecções nacionais (Honras, Sub-20, Sub-17 e Sub15), 500 mil para o futebol feminino (sénior, formação, provas seniores, juvenis e juniores, escolas e equipamento de biossegurança), 216 mil dólares para as Associações provinciais, 256 mil para os clubes da I Divisão, 90 mil para as da II Divisão, 248 mil para outros clubes e escolas de formação, 15 mil para as associações de classe (árbitros, treinadores e jogadores), 40 mil para o campeonato de juvenis e de juniores, cinco mil para o Futsal, dois mil para o futebol de praia, 16 mil para o Conselho de Árbitros, 140 mil para o fundo de arbitragem, época 2020/2021, e 37 mil dólares para equipamentos de biossegurança e meios técnicos para a FAF.