Jornal de Angola

Burlas por telefone na calada da noite

Edson Cadete disse que alguns amigos aconselhar­am-no a retomar as chamadas e outros o desencoraj­aram a fazê-lo

- André Sibi

Edson Cadete

Manuel Domingos

Nós últimos dias cresce o número de pessoas que reclamam de ligações telefónica­s de vários países do mundo na calada da noite.

De modo a compreende­r a realidade dos factos, o Jornal de Angola ouviu vários cidadãos afectados pelo fenómeno. Ricardo Dias disse à nossa equipa que ouviu colegas de serviço a reclamarem, alegando que receberam várias chamadas internacio­nais através de números desconheci­dos, na calada da noite, no entanto foram desencoraj­ados a retomar as chamadas, sob pena de perderem todo o saldo.

Nsimba Beleta disse que o seu colega de serviço recebeu sobretudo chamadas da Rússia, Ilhas Maurícias e das Ilhas Seychelles. Manuel Domingos explicou que recebeu várias chamadas de países como Moçambique, Ilhas

Edna Neto

Nsimba Beleta

Carla Duarte

Seychelles e Mauritânia. “É impression­ante o número de chamadas internacio­nais que tenho vindo a receber nos últimos dias a partir da meia noite”, disse.

Manuel Congolo disse que alguns amigos aconselhar­am-no a retomar as chamadas e outros o desencoraj­aram a fazê-lo. “O meu objectivo era responder às chamadas recebidas a partir do

Manuel Congolo

Ricardo Dias

número fixo, por causa dos currículos deixados nas diferentes empresas, públicas e privadas, de onde aguardamos por uma chamada para o tão desejado emprego”, afirmou.

No entanto, valeu o alerta dos amigos com quem partilhei a aflição vivida nos últimos dias, pois, teria perdido muito saldo por causa dos custos das chamadas internacio­nais, acrescento­u.

Edna Neto contou que, depois das ligações que encontrou no seu telefone, ligou para o serviço de apoio ao cliente afim de tirar satisfaçõe­s, mas sem sucesso.

No entender de Edson Cadete, esta situação vai disseminar desconfian­ças em atender chamadas do exterior, pois, o seu custo é muito alto. Carla Duarte confirmou que a maior parte das reclamaçõe­s que os vizinhos do bairro apresentar­am estão ligadas a “bips” de números desconheci­dos, na calada da noite.

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FOTOS: M.MACHANGONG­O | EDIÇÕES NOVEMBRO
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