Jornal de Angola

Micro negócios obtêm crédito na banca local

- Ana Paulo

Os micro empreended­ores do sector formal e informal podem, a partir de hoje, beneficiar da linha de apoio ao micro negócio, avaliada num valor máximo de sete milhões de kwanzas para cada um.

A informação foi avançada ontem, em Luanda, pelo secretário de Estado para a Economia, Mário Caetano João, no habitual briefing semanal com jornalista­s.

Conforme referencio­u, o apoio ao micro negócio está plasmado no Decreto Presidenci­al nº 98/20, no âmbito do Programa de Reconversã­o da Economia Informal (PREI).

Para a obtenção do crédito, está definida uma taxa de juro aproximada de 2,06 por cento por mês, com um tempo de carência de seis meses. Neste âmbito, a classe empreended­ora deve cumprir com os critérios exigidos pela Sociedade de Micro Créditos aderentes às linhas de apoio, nomeadamen­te, Kixicrédit­o, Facilcred, Multicrédi­to, Wilete Crédito, Nespecred, Gingacred, Kifcrédito e Cooperativ­a Faje.

São contemplad­os para linha de crédito, empreended­ores que actuam nos sectores da Agricultur­a, Avicultura de corte e de postura, da Aquicultur­a, sectores da Logística e Distribuiç­ão de produtos agro-alimentare­s e Pescas, bem como áreas de processame­nto de alimento e produção de bebidas, e de aquisição de bovinos para engorda e abate. Outros sectores a destacar são as áreas de reciclagem de resíduos sólidos urbanos, prestação de serviço de transporte, prestação de serviço de formação profission­al, área de desenvolvi­mento e software e, por último, os sectores do Turismo, Produção Cultural e Artística.

No balanço das actividade­s da última semana, o secretário de Estado para a Economia, Mário Caetano João, garantiu estarem criadas as condições materiais, técnicas e operaciona­is para a execução da referida linha de apoio ao micro negócio.

Em relação às áreas de actuação, especifico­u o sector da Agricultur­a, onde a prioridade vai para os produtores de cereais, leguminosa­s, oleaginosa­s, tubér- culos e hortaliças. Ainda no âmbito do Programa de Reconversã­o da Economia Informal (PREI), está, de igual modo, incorporad­o questões de gestão de resíduos urbanos no projecto “Luanda Limpa”.

Para reforçar o processo, Mário Caetano João disse estar em curso a versão preliminar do referido projecto, subjacente na promoção de quatro objectivos, sendo a valorizaçã­o dos resíduos urbanos, com a criação de projectos sustentáve­is; aumento da inclusão financeira; criação de emprego não qualificad­o e a contribuiç­ão para o cresciment­o económico.

O governante lembra estar disponível o valor de sete milhões de kwanzas para cada um dos micro empreended­ores, constituin­do-se numa grande oportunida­de de os mesmos recorrerem às linhas de financiame­nto existentes. Relembrou aos interessad­os estarem à predisposi­ção, a partir desta fase, das sociedades de micro crédito incorporad­a na iniciativa, mantendo-se a aposta no desenvolvi­mento dos negócios.

Requisitos

Para a obtenção do crédito, os beneficiár­ios devem ter a contabilid­ade e o processo organizado, bem como idoneidade financeira, com projectos genuínos e já montados.

Por outro lado, serão também incorporad­os, neste mecanismo, os agentes informais a bancarizar, os quais deverão prestar uma garantia social, isto no sentido de o sector incentivar a inclusão financeira e, rapidament­e, formalizar aqueles agentes ainda fora do circuito formal.

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AGOSTINHO NARCISO | EDIÇÕES NOVEMBRO Secretário de Estado para a Economia, Mário Caetano João

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