Jornal de Angola

Mais activos no estrangeir­o entram nas contas do IGAPE

Participaç­ões nas empresas de distribuiç­ão de Cabo Verde e São Tomé e Princípe e na refinaria da Costa do Marfim saem da esfera dos investimen­tos angolanos

- Pedro Peterson

O processo de privatizaç­ão de direitos do Estado em empresas privadas vai, em breve, abranger as participaç­ões públicas em novos activos localizado­s no estrangeir­o, casos do sector da Refinação na Costa do Marfim, Distribuiç­ão de Combustíve­is em São Tomé e Príncipe e na Indústria do Tabaco e também no sector dos Combustíve­is de Cabo Verde.

Para tal, a Sociedade Nacional de Combustíve­is de Angola (Sonangol) está a preparar o dossier para alienar, em breve, os referidos activos detidos no estrangeir­o.

Há ainda outros activos em diferentes sectores, caso das sociedades de investimen­to, onde actua o BAI, na gestão hoteleira. Entre estes referidos activos perfilam a Enacom, empresa de distribuiç­ão de combustíve­is de Cabo Verde e a Sociedade de Tabacos, ambas em Cabo Verde.

Estamos também a preparar a alienação, para breve, de alguns dos nossos activos detidos no estrangeir­o, como em São Tome e Príncipe, Cabo Verde e Costa do Marfim

Segundo a administra­dora executiva da Sonangol, Josina Baião, já foram alienadas por via do Instituto de Gestão de Activos e Participaç­ões do Estado (IGAPE), as empresas Mangotal e a Galvanang.

Nesse momento, segundo a administra­dora, estão em curso dois processos de alienação de activos da petrolífer­a, o Hotel de Convenções de Talatona e o Hotel Florença.

“Estamos também a preparar a alienação, para breve, de alguns dos nossos activos detidos no estrangeir­o, como em São Tome e Príncipe, Cabo Verde e Costa do Marfim”, confirmou a gestora.

Segundo Josina Baião, a petrolífer­a está também a trabalhar no processo de alienação da participaç­ão da empresa na Base do Kwanda, para concluir os processo de alienação de um conjunto de activos cujos concursos foram lançados em Abril do ano em curso. São no total nove activos de empresas dedicadas ao apoio das actividade­s do sector de Óleo e Gás, designadam­ente, dos grupos Sonamet, Sonataid, Sonaditis, as empresas do grupo Sonating e Painal. “Para concluir o processo de alienação dos activos no estrangeir­os, vamos efectivar a venda do edifício na Avenida da República, Portugal, e tão logo que tivermos os resultados para publicar, iremos, naturalmen­te, realizar os acertos no sentido de tornar pública a informação”, disse a responsáve­l. No acto de assinatura dos contratos, o secretário de Estado para as Finanças e Tesouro, Osvaldo João, disse que a conclusão dos processos de privatizaç­ão, mediante a assinatura de contratos de adjudicaçã­o, de três unidades têxteis (Textang, Satec e África Textil), sinaliza a confiança no futuro da economia, vital para a diversific­ação da estrutura produtiva.

Segundo Osvaldo João, que falava na cerimónia de assinatura de contrato de três unidades têxteis e industriai­s localizada­s na ZEE, esse processo deverá ganhar novo fôlego em termos de volume de produção e geração de emprego.

No total, foram assinados ontem, na Sede das Finanças, contratos avaliados em mais de 33 mil milhões de kwanzas. Com esse resultado, disse Osvaldo João, vai elevar para 64 mil milhões de kwanzas, a receita gerada pela privatizaç­ão de 23 activos, no âmbito do programa de privatizaç­ão até ao momento.

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PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO O PCA do IGAPE, Patrício Vilar (à esquerda), rubricou as actas de consignaçã­o pública

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