Mais activos no estrangeiro entram nas contas do IGAPE
Participações nas empresas de distribuição de Cabo Verde e São Tomé e Princípe e na refinaria da Costa do Marfim saem da esfera dos investimentos angolanos
O processo de privatização de direitos do Estado em empresas privadas vai, em breve, abranger as participações públicas em novos activos localizados no estrangeiro, casos do sector da Refinação na Costa do Marfim, Distribuição de Combustíveis em São Tomé e Príncipe e na Indústria do Tabaco e também no sector dos Combustíveis de Cabo Verde.
Para tal, a Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol) está a preparar o dossier para alienar, em breve, os referidos activos detidos no estrangeiro.
Há ainda outros activos em diferentes sectores, caso das sociedades de investimento, onde actua o BAI, na gestão hoteleira. Entre estes referidos activos perfilam a Enacom, empresa de distribuição de combustíveis de Cabo Verde e a Sociedade de Tabacos, ambas em Cabo Verde.
Estamos também a preparar a alienação, para breve, de alguns dos nossos activos detidos no estrangeiro, como em São Tome e Príncipe, Cabo Verde e Costa do Marfim
Segundo a administradora executiva da Sonangol, Josina Baião, já foram alienadas por via do Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE), as empresas Mangotal e a Galvanang.
Nesse momento, segundo a administradora, estão em curso dois processos de alienação de activos da petrolífera, o Hotel de Convenções de Talatona e o Hotel Florença.
“Estamos também a preparar a alienação, para breve, de alguns dos nossos activos detidos no estrangeiro, como em São Tome e Príncipe, Cabo Verde e Costa do Marfim”, confirmou a gestora.
Segundo Josina Baião, a petrolífera está também a trabalhar no processo de alienação da participação da empresa na Base do Kwanda, para concluir os processo de alienação de um conjunto de activos cujos concursos foram lançados em Abril do ano em curso. São no total nove activos de empresas dedicadas ao apoio das actividades do sector de Óleo e Gás, designadamente, dos grupos Sonamet, Sonataid, Sonaditis, as empresas do grupo Sonating e Painal. “Para concluir o processo de alienação dos activos no estrangeiros, vamos efectivar a venda do edifício na Avenida da República, Portugal, e tão logo que tivermos os resultados para publicar, iremos, naturalmente, realizar os acertos no sentido de tornar pública a informação”, disse a responsável. No acto de assinatura dos contratos, o secretário de Estado para as Finanças e Tesouro, Osvaldo João, disse que a conclusão dos processos de privatização, mediante a assinatura de contratos de adjudicação, de três unidades têxteis (Textang, Satec e África Textil), sinaliza a confiança no futuro da economia, vital para a diversificação da estrutura produtiva.
Segundo Osvaldo João, que falava na cerimónia de assinatura de contrato de três unidades têxteis e industriais localizadas na ZEE, esse processo deverá ganhar novo fôlego em termos de volume de produção e geração de emprego.
No total, foram assinados ontem, na Sede das Finanças, contratos avaliados em mais de 33 mil milhões de kwanzas. Com esse resultado, disse Osvaldo João, vai elevar para 64 mil milhões de kwanzas, a receita gerada pela privatização de 23 activos, no âmbito do programa de privatização até ao momento.