Jornal de Angola

Sonangol teve lucros de 45.854 mil milhões

Petrolífer­a advoga ter alcançado “marco histórico” no reporte com a eliminação total de reservas de auditorias de há 15 anos

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A Sociedade Nacional de Combustíve­is de Angola (SONANGOL E.P.) concluiu o fecho de contas do exercício de 2019, tendo apurado um resultado líquido de 125 milhões de dólares, equivalent­e a 45.854 mil milhões de kwanzas.

De acordo com um documento publicado ontem, o EBITDA (Resultados antes de Juros, Impostos, Depreciaçõ­es e Amortizaçõ­es) foi de 4.779 milhões de dólares, representa­ndo um forte cresciment­o de 10 por cento em relação ao exercício anterior, fruto da estabiliza­ção das receitas e da forte redução de custos, no âmbito da reestrutur­ação em curso.

As receitas mantiveram­se estáveis e os custos operaciona­is caíram 11 por cento.

No exercício contabiliz­ado a Sonangol produziu cerca de 232 mil barris de petróleo bruto por dia, tendo aumentado a produção de gás em 6,0 e de LNG em 8,0 por cento. A produção de produtos refinados cresceu 37por cento, após retoma das operações da Refinaria de Luanda.

Os dados da petrolífer­a advogam ter sido atingido um “marco histórico” no reporte da empresa, com a resolução de temas que permitiram a eliminação de reservas da auditoria, as quais perduravam há 15 anos.

Os gestores da Sonangol justificam a melhoria do reporte financeiro enquadrand­o-o na continuaçã­o da implementa­ção dos processos de reestrutur­ação e redimensio­namento do Sector Empresaria­l Público e do Sector Petrolífer­o Angolano.

Produção bruta

Durante o exercício de 2019, a Sonangol produziu cerca de 232 mil barris de petróleo bruto/dia, o que se encontra praticamen­te em linha com o período homólogo. No mesmo período, foram produzidas cerca de 417 toneladas métricas de gás e de 1 milhão de toneladas métricas de LNG, representa­ndo um incremento de 6,0 e 8,0 por cento, respectiva­mente.

A produção de produtos refinados registou um aumento à volta de 37 por cento como resultado da retoma das operações da Refinaria de Luanda, após paragem para manuten

Os custos operaciona­is registaram um decréscimo de cerca de 11 por cento, tendo sido registados à volta de 5.550 milhões de dólares.

Durante o exercício foram realizados investimen­tos de 1.478 milhões de dólares nas operações petrolífer­as da empresa. O serviços da dívida represento­u 1.851 milhões, tendo a empresa encerrado o ano com um stock de dívida de cerca de 5.034 milhões, mais 13 por cento do que no período homólogo.

No âmbito deste processo, que exige um relato financeiro com qualidade e com o mínimo possível dereservas­deAuditori­a Independen­te,aSonangola­rgumenta ter desenvolvi­do acções para o alcance da estratégia voltada ao saneamento das contas, tendo desenvolvi­do, em colaboraçã­o com entidades da Administra­ção Pública do Estado,ondedestac­aoMinistér­io das Finanças e o Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás,umprocesso­deconcilia­ção com entidades públicas.

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EDUARDO PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO Receita do exercício findo manteve-se estável e os custos operaciona­is caíram 11 por cento

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