Deficiências técnicas
Fissuras nas paredes, vidros das janelas partidos, rachaduras nos mosaicos, supostamente devido à má aplicação, ferrugem na caixilharia de alumínio, entre outros danos. Este foi o cenário constatado na estrutura erguida para acomodar a Administração Municipal de Chipindo, que, no entanto, foi votada ao abandono.
Localizado a 456 quilómetros a leste da cidade do Lubango, província da Huíla, o edifício foi construído no bairro Operário, sede municipal de Chipindo, numa área superior a cinco mil metros quadrados.
Além das deficiências acima referenciadas, o edifício tem a cobertura amparada por telhas completamente desfasadas. Por este motivo, quando chove a água infiltra-se em quase todos os compartimentos.
Fonte do Gabinete de Infra-estruturas da Administração de Chipindo revelou ao Jornal de Angola que a falta de canais para a queda da água originou o deslizamento da cobertura. Acrescentou que, devido à má qualidade dos inertes usados no processo de construção, a infra-estrutura apresenta várias rachaduras.
A nossa reportagem constatou ainda, no local, que o “pé direito” do edifício está desfasado, muito provavelmente por desrespeito aos padrões de construção. O edifício possui três entradas no alçado principal e outras duas no exterior. No interior, pode-se perceber que a louça sanitária encontra-se quebrada. As portas das áreas de serviço, nomeadamente do gabinete do administrador municipal, e o seu adjunto, a secretaria geral, serviços técnicos, económicos, entre outros, encontram-se soltas ou quebradas.
De acordo com o que se apurou, a construção da infra-estrutura esteve sob responsabilidade da construtora Nova Reframaka e foi financiada com fundos do Programa de Investimentos Públicos (PIP) 2010.