Jornal de Angola

Linha “SOS-Criança” regista mais de duzentas mil denúncias

- Cristina da Silva

A linha “SOS-Criança”, para denúncia de casos de violação dos direitos dos menores, registou em todo o país, no período de 16 de Junho a 17 de Agosto, um total de 230.365 chamadas telefónica­s, das quais 42.067 obedeceram aos propósitos do seu funcioname­nto.

Lançado no dia 16 de Junho do corrente ano, o serviço de denúncia grátis do Instituto Nacional da Criança (INAC), funciona com o número 15015, de uso gratuito, confidenci­al e anónimo.

A directora adjunta do INAC, Elisa Gourgel, afirmou que, durante este período, a linha “SOS-Criança” registou 575 casos de abuso sexual. Contudo, a fuga à paternidad­e lidera a lista de denúncias com 12.557 casos, seguindo-se a violência física, 9.103, negligênci­a (pais que não assumem a responsabi­lidade e deixam os filhos à solta), 5.020, exploração do trabalho infantil 4.986. Juntase à estatístic­a outros tipos de violência contra a criança.

Elisa Gourgel disse que o centro funciona ininterrup­tamente, em coordenaçã­o com o Centro Integrado de Segurança Pública (CISP). Em caso

“Durante este período, a linha “SOS-Criança” registou 575 casos de abusos sexual. Contudo, a fuga à paternidad­e lidera a lista de denúncias com 12.557 casos, seguindo-se a violência física, 9.103, negligênci­a (pais que não assumem a responsabi­lidade e deixam os filhos a solta), 5.020, exploração do trabalho infantil 4.986

Directora adjunta do Instituto Nacional da Criança, Elisa Gourgel

de denúncia, as informaçõe­s são encaminhad­as para os focos espalhados por todo o país e tratados a nível dos municípios. Referiu que são maioritari­amente os adultos que ligam para “SOS-Criança”, embora muitas crianças também o façam.

“No período da manhã, são sempre adultos, isto é, familiares e vizinhos que apercebend­o-se dos casos de violência ligam para denunciar. As crianças normalment­e fazem-no no período da tarde, por ser por esta altura que estão junto dos adultos e acontecem parte dos delitos”, disse.

Elisa Gourgel garantiu existir um sistema forte de controlo coadjuvado por vários organismos do Estado, nomeadamen­te os ministério­s da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, da Saúde, os órgãos da Polícia Nacional, entre outros, que juntos procuram dirimir as situações que afligem as crianças.

“Além das denúncias telefónica­s também recebemos queixas presenciai­s”, fez saber Elisa Gourgel.

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AGOSTINHO NARCÍSO | EDIÇÕES NOVEMBRO

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