Linha “SOS-Criança” regista mais de duzentas mil denúncias
A linha “SOS-Criança”, para denúncia de casos de violação dos direitos dos menores, registou em todo o país, no período de 16 de Junho a 17 de Agosto, um total de 230.365 chamadas telefónicas, das quais 42.067 obedeceram aos propósitos do seu funcionamento.
Lançado no dia 16 de Junho do corrente ano, o serviço de denúncia grátis do Instituto Nacional da Criança (INAC), funciona com o número 15015, de uso gratuito, confidencial e anónimo.
A directora adjunta do INAC, Elisa Gourgel, afirmou que, durante este período, a linha “SOS-Criança” registou 575 casos de abuso sexual. Contudo, a fuga à paternidade lidera a lista de denúncias com 12.557 casos, seguindo-se a violência física, 9.103, negligência (pais que não assumem a responsabilidade e deixam os filhos à solta), 5.020, exploração do trabalho infantil 4.986. Juntase à estatística outros tipos de violência contra a criança.
Elisa Gourgel disse que o centro funciona ininterruptamente, em coordenação com o Centro Integrado de Segurança Pública (CISP). Em caso
“Durante este período, a linha “SOS-Criança” registou 575 casos de abusos sexual. Contudo, a fuga à paternidade lidera a lista de denúncias com 12.557 casos, seguindo-se a violência física, 9.103, negligência (pais que não assumem a responsabilidade e deixam os filhos a solta), 5.020, exploração do trabalho infantil 4.986
Directora adjunta do Instituto Nacional da Criança, Elisa Gourgel
de denúncia, as informações são encaminhadas para os focos espalhados por todo o país e tratados a nível dos municípios. Referiu que são maioritariamente os adultos que ligam para “SOS-Criança”, embora muitas crianças também o façam.
“No período da manhã, são sempre adultos, isto é, familiares e vizinhos que apercebendo-se dos casos de violência ligam para denunciar. As crianças normalmente fazem-no no período da tarde, por ser por esta altura que estão junto dos adultos e acontecem parte dos delitos”, disse.
Elisa Gourgel garantiu existir um sistema forte de controlo coadjuvado por vários organismos do Estado, nomeadamente os ministérios da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, da Saúde, os órgãos da Polícia Nacional, entre outros, que juntos procuram dirimir as situações que afligem as crianças.
“Além das denúncias telefónicas também recebemos queixas presenciais”, fez saber Elisa Gourgel.