Jornal de Angola

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As administra­ções municipais e os pequenos negócios

Sou da opinião de que os administra­dores municipais deviam ter uma palavra a dizer no que respeita à situação das micro, pequenas e médias empresas que existem nas circunscri­ções que dirigem. Em princípio, os administra­dores municipais conhecem melhor a realidade das áreas que administra­m, estando em melhores condições para emitirem pareceres sobre o que se deve fazer em relação aos problemas existentes nas suas circunscri­ções. É verdade que existem problemas comuns a todos os municípios, mas acredito que haja situações específica­s a que vale a pena dar um tratamento que vá ao encontro do que realmente as populações desejam. Sou da opinião de que as administra­ções municipais não devem estar à margem deste processo de apoios às micro, pequenas e médias empresas. Já temos municípios com milhões de habitantes, pelo que importa que os seus administra­dores possam também contribuir com ideias para resolver muitos dos problemas de unidades produtivas que existem nas suas circunscri­ções, sem prejuízo da necessária celeridade dos processos de ajuda a empresário­s que estão em grandes dificuldad­es financeira­s. Uma administra­ção municipal, do meu ponto de vista, deve tratar também de inúmeros problemas que decorrem da falência de muitas empresas. A crise deve levar-nos a conjugar esforços que estejam direcciona­dos para a resolução dos problemas que temos nestes tempos de crise. E as administra­ções municipais devem ser parte desses esforços. ADELAIDE ZINGA Talatona

Reinício das aulas

Faltam poucos dias para o reinicio das aulas e gostava, como encarregad­o de educação de três filhos menores que estão em escolas públicas, que as autoridade­s sanitárias me convencess­em de que estão criadas as condições necessária­s para evitar a propagação da Covid-19 nos estabeleci­mentos de ensino. Penso que é necessário que as pessoas saibam o que de facto se fez para proteger a vida das crianças (são milhares de crianças) nas escolas. Espero que antes do reinício das aulas as autoridade­s sanitárias mostrem às pessoas por via da televisão o que de facto vai acontecer durante as aulas presenciai­s, em termos de medidas de biossegura­nça. Muitas perguntas ainda se fazem : há água corrente para a lavagem constante das mãos ? Há produtos de higienizaç­ão suficiente­s para atender a milhares de estudantes de escolas públicas? As casas de banho de todas as escolas públicas do país estão em condições ? Desafio as autoridade­s competente­s a filmarem as condições actuais das nossas escolas e as apresentar­em aos cidadãos. os cidadãos têm o direito de saber se as escolas públicas já não são aquelas a que nos habituaram a ver, sem casas de banho, sem água corrente, e com um número elevado de alunos numa mesma sala, contrariam­ente ao que acontece noutras partes do mundo. Um sindicato de professore­s disse há cerca de um mês que não havia ainda condições para o reinicio das aulas. Será que estas condições já existem? ALICE ARMANDO Bairro Cassenda

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