Orgulhosa do trabalho que faz
Depois da recruta,
onde teve formação de Primeiros Socorros, Fernanda Fernando começou na corporação como agente da Ordem Pública: fez trabalho de giro e especializou-se como motociclista. Trabalhou sete anos na Unidade Trânsito, agora Departamento de Trânsito e Segurança Rodoviária. Actualmente, está na Secção Municipal de Trânsito e Segurança Rodoviária de Belas. Faz trabalho operativo, algumas campanhas de sensibilização na via pública e actua nas infracções e irregularidades cometidas pelos automobilistas.
“Sinto-me orgulhosa do que faço. Não penso em sair da Policia. Acredito que, como polícia, temos de estar prontos para tudo. Independente de exercer o trabalho de trânsito, sou um ser humano, que ajuda e espera ser ajudado, que presta assistência, que aconselha. Eu tenho tido retorno de todas as acções de socorro e não só. As pessoas lembram-se de mim e agradecem”, referiu, acrescentando que o trabalho na rua acaba indo muito além de fiscalizar e aplicar multas. Ela também aconselha, sensibiliza e ajuda automobilistas e peões.
Fernanda Fernando é uma entre muitos agentes que vivem experiências fora daquilo que é o trabalho normal de vigiar e policiar para ajudar a manter a ordem e a segurança pública. Segundo informações do Gabinete de
Comunicação Institucional e Imprensa da Polícia Nacional, este mês, duas efectivas, na Lunda-Norte, Jureth Seulo e Amélia Muteba, auxiliaram uma parturiente a “dar a luz” na via pública. O caso também circulou nas redes sociais.
No mês passado, um repórter do nosso Jornal presenciou o nascimento de uma criança na via pública, na zona do Gamek, com a ajuda de dois polícias da Ordem Pública. A senhora, já com dores, não conseguiu chegar ao hospital. Encostou-se a um canto, onde foi socorrida por dois agentes, com o apoio de algumas senhoras que vendiam ao lado. O colega contou que eram gritos, gemidos, força daqui, puxa daí. Depois de tantos esforços, a criança acabou por nascer ali mesmo, na rua.
Apesar de ser associada exclusivamente ao trabalho da aplicação da lei, a actividade policial mostra-se mais abrangente. O acto de Fernanda e outros de diferentes agentes mostram que, além da preservação da lei e da ordem, a acção da Polícia pode incluir outras variantes. O socorro, em situações de acidentes ou catástrofes, a educação, a sensibilização do cidadão, enfim, a assistência social, são alguns exemplos.
São gestos e atitudes que devem obrigar a que olhemos esta autoridade com um pouco mais de respeito e consideração. Também algum carinho e afecto.