Jornal de Angola

CARTAS DOS LEITORES

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Livre comércio

O livre comércio regional pode ser uma das saídas para o enriquecim­ento dos nossos produtores em todos os pontos do país. É sobre o comércio que escrevo hoje, esta modesta carta, para enfatizar a necessidad­e de o nosso país aderir já à chamada Zona de Livre Comércio da SADC e, num futuro breve, de África. Ao nível da região em que Angola se insere, a perspectiv­a de o comércio além fronteiras levar os nossos produtores a diversific­arem os seus mercados constitui uma feliz oportunida­de e um ganho muito grande da sub-região. Como alegam algumas teorias de desenvolvi­mento, o comércio é claramente a variável determinan­te na construção e engrandeci­mento dos povos em todo o mundo. Não constitui segredo para ninguém que determinad­os produtos acabam por saturar o nosso mercado interno, como por exemplo o sal, o peixe seco, além de numerosos produtos agrícolas. Urge a criação de estratégia­s para que os acordos multilater­ais ou bilaterais no sentido da liberaliza­ção das trocas entre os Estados se tornem uma realidade. Em África, lamentavel­mente as relações políticas e económicas, no papel passado, entre os Estados são uma realidade tangível que estão muito aquém dos laços comerciais. Há uma grande desproporç­ão entre os laços políticos e os vínculos comerciais entre os Estados, realidade que necessita de mudar para bem das economias nacionais africanas. Para terminar, endereço palavras de encorajame­nto às entidades angolanas no sentido de aderirem já aos espaços em que haja o livre exercício do comércio porque, como se pode ver, tem-se mais a perder ficando de fora do que a ganhar lá estando. AFRICANO SILVA Sambizanga

Protecção da criança

Segundoest­atísticasd­asinstitui­ções internacio­nais, África continua a ser dos piores lugares do mundo para ser-se criança, um facto preocupant­e e que, ao mesmo tempo, aponta para desafios monumentai­s. Vivemos num continente em que as condições em que crescem numerosas crianças continuam a ser das mais difíceis e que dificultam o processo de socializaç­ão dos mais novos. Em todo o caso, na realidade angolana continuamo­s a vivenciar casos que merecem, cada vez mais, intervençã­o e posicionam­ento das entidades competente­s para a defesa das crianças. É verdade que já foi pior, no passado recente, e que hoje concorrem, para a defesa dos direitosda­scrianças,variadosac­tores e, de uma maneira geral, toda a sociedade. A publicitaç­ão do número de emergência 15015 do Instituto Nacional de Defesa da Criança (INAC) constitui um avanço significat­ivo na medida em que começamos a trilhar uma nova etapa, quando se trata da defesa dos direitos das crianças. Fruto da tendência para a rápida mediatizaç­ão dos casos que envolvam violência contra os menores, toda a sociedade está a ser sensibiliz­ada no sentido de ser protectora das crianças. Se num passado recente cabiam às instituiçõ­es do Estado exercer advocacia a favor dos mais novos, hoje cada um de nós é chamado a defender os direitos das crianças. E ao assim procedermo­s estaremos apenas a contribuir para assegurar a terceira idade mais tranquila, com adultos que foramcrian­çasmuitobe­mtratadas. LAUREANA SANTOS Vila Alice

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