Jornal de Angola

Urge a criação de estratégia de inclusão financeira

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A participaç­ão da população no sistema financeiro promove a erradicaçã­o da pobreza, a redução das assimetria­s sociais e contribui para um sistema financeiro mais resiliente e estável.

Nessa perspectiv­a, segundo o Conselho Nacional de Estabilida­de Financeira (CNEF), é prioritári­a a elaboração de uma estratégia nacional de inclusão financeira, baseada nas particular­idades da conjuntura nacional.

O primeiro passo é, no entanto, conhecer o panorama de inclusão e exclusão financeira­s do país, privilegia­ndo o lado da demanda, ou seja, dos consumidor­es e não consumidor­es, de produtos financeiro­s regulament­ados.

A inclusão financeira é globalment­e reconhecid­a como um factor potenciado­r do desenvolvi­mento económico dos países.

Os dados obtidos nestes inquéritos ajudarão as autoridade­s estatais (particular­mente as ligadas à supervisão do sistema financeiro, tributação, educação, identifica­ção civil, defesa do consumidor e ainda às tecnologia­s) na definição e afinação de políticas e estratégia­s públicas, mas, também, as instituiçõ­es financeira­s no desenvolvi­mento de produtos mais adequados para uma franja da população insuficien­temente servida e que pode, no entanto, contribuir significat­ivamente para o aumento do seu negócio.

Os inquéritos revelaram que, na sua esmagadora maioria, os comerciant­es informais entendem os benefícios da inclusão e por isso querem ser formalizad­os. “Cabe-nos, agora, promover e facilitar a materializ­ação desse desejo, partindo de uma realidade objectiva, reflectida nos dados dos inquéritos realizados. Ao acontecer, não tenhamos qualquer dúvida, que sairemos todos a ganhar”, atesta Luzolo de Carvalho, secretário executivo do CNEF.

A mensuração do grau de inclusão financeira agregou as dimensões que compreende­m a titulariza­ção de conta bancária, metodologi­a de pagamentos, poupança, crédito, seguro e acesso à Internet.

Entre outros dados, os inquéritos permitiram aferir a quota de mercado dos bancos por mercado, os aplicativo­s bancários utilizados por mercado, a bancarizaç­ão por género, grupo etário e grau de escolarida­de, o planeament­o financeiro para a velhice, o crédito (obtenção, fonte, finalidade e crédito almejado) e a titulariza­ção de seguro dos comerciant­es.

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