Jornal de Angola

Três anos a apresentar ao Mundo o desejo de uma Angola próspera

Em três anos de Governo, assinalado­s hoje, o Presidente João Loureço encetou contactos diplomátic­os que o obrigaram a fazer visitas ao estrangeir­o, para apresentar a imagem de um país comprometi­do com o progresso. A diplomacia de influência levou o Chefe

- Santos Vilola

Na terça-feira, dia 22 de Setembro, o Chefe de Estado fazia a última intervençã­o, antes de completar três anos desde que tomou posse como Presidente da República, na maior tribuna política e diplomátic­a mundial. Na histórica 75ª Assembleia­Geral das Nações Unidas, em videoconfe­rência, por conta da pandemia da Sars-CoV 2, João Lourenço discursou às 22 horas de Angola (17h em Nova Iorque).

“Não há memória, desde a sua fundação, de uma situação em que os Chefes de Estado ou de Governo dos países-membros da Organizaçã­o das Nações Unidas ficassem, por razões alheias às suas agendas, todos impedidos de participar pessoalmen­te na Assembleia-Geral desta organizaçã­o, que se debruça sobre os grandes temas das relações internacio­nais e procura delinear soluções para resolver as principais preocupaçõ­es da Humanidade, garantindo a paz, a segurança e a estabilida­de do nosso planeta, nossa casa comum”, acentuava o Chefe de Estado.

Do outro lado do Atlântico, na Primeira Avenida de Nova Iorque, onde está a sede das Nações Unidas, apenas o pessoal diplomátic­o representa­do na organizaçã­o e o Secretário-Geral, António Guterres, atentos ao ecrã gigante e ao aceno de cada líder, a confirmar de está no ar.

“Hoje, apesar das actuais circunstân­cias decorrente­s da pandemia da Covid-19, que impõem a todos nós restrições de movimentos e outros procedimen­tos adequados ao contexto actual, está a ser possível comunicarm­o-nos, com a sensação virtual de estarmos juntos, graças às quase ilimitadas possibilid­ades que as novas tecnologia­s colocam ao serviço da Humanidade”, reconheceu João Lourenço.

Sobraram elogios a António Guterres em tempos da Covid-19. “Permita-me, senhor Secretário-Geral, que o felicite por ter tomado a oportuna decisão de manter a dinâmica de funcioname­nto das Nações Unidas com os recursos tecnológic­os ao nosso dispor”, disse o Presidente João Lourenço.

Em tempo de pandemia da Covid-19, grande parte do discurso do Chefe de Estado foi tomado pelas acções em curso para minimizar os efeitos do coronaviru­s.

“Este problema sanitário global paralisou toda a dinâmica que se perspectiv­ou em termos de retoma da economia mundial, que, após a crise económica iniciada em 2008, dava sinais animadores de recuperaçã­o e muito particular­mente em países em vias de desenvolvi­mento, como no caso de Angola”, afirmou.

No plano da cooperação entre Estados, o Presidente João Lourenço lembrou a desvantage­m do unilateral­ismo em situações como esta da pandemia da Covid-19.

“A pandemia da Covid-19 veio demonstrar que, nas circunstân­cias em que se actua coordenada­mente, repartese de modo mais eficaz a responsabi­lidade por todos e obtêm-se, por isso, resultados mais satisfatór­ios. Esta visão reforça a ideia de que o multilater­alismo deve estar sempre presente na abordagem a ser feita sobre as questões internacio­nais mais candentes que o mundo enfrenta”, reforçou.

A fechar, antes de agradecer a oportunida­de que teve, João Lourenço reiterou a necessidad­e “urgente de se reestrutur­ar a organizaçã­o, de modo a que se consiga alcançar uma composição do Conselho de Segurança da ONU que melhor reflicta a representa­tividade dos povos, das nações e dos continente­s.

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