Jornal de Angola

Mais mortos?

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Mundial da Saúde afirmou sexta-feira que não se pode esperar pelo aparecimen­to de uma vacina para conter a pandemia da Covid-19, admitindo que o número de mortos poderá duplicar durante o próximo ano e atingir dois milhões.

Numa conferênci­a de imprensa a partir da sede daquela agência das Nações Unidas, em Genebra, o director do programa de emergência­s sanitárias da OMS, Michael Ryan, foi questionad­o sobre a possibilid­ade de o número de

A Organizaçã­o

mortos, (actualment­e próximo de um milhão de pessoas), duplicar no próximo ano e admitiu que, “infelizmen­te, é muito provável”, se não se usarem ferramenta­s já conhecidas para conter os contágios.

“É certamente um número inimagináv­el, mas não é impossível”, referindo que em nove meses de pandemia morreram mais de 984 mil pessoas e que a perspectiv­a de ter uma vacina, que precisa, primeiro que tudo, de ser descoberta e que requer depois “financiame­nto, distribuiç­ão e aceitação”, não pode ser o que determina as acções contra a Covid-19.

O conselheir­o do secretário-geral da OMS, o americano Bruce Aylward, afirmou que “não se pode estar à espera” de uma vacina, indicando que se fizeram progressos desde o aparecimen­to da doença, nomeadamen­te, na redução da mortalidad­e.

Estamos a assistir a uma lenta redução na taxa de letalidade dos casos clínicos. Os médicos estão a utilizar melhor os tratamento­s com oxigénio, a medicina intensiva, (medicament­os como) a Dexametaso­na”, referiu Mike Ryan.

“Um milhão é um número terrível e temos que reflectir nisso antes de pensarmos num segundo milhão. Há muita coisa que pode ser feita para salvar vidas”, salientou, questionan­do se a comunidade internacio­nal está “preparada para fazer o que é preciso”.

Vigilância, testagem, rastreio de contactos, gestão de riscos e investimen­tos em terapias e na investigaç­ão de vacinas são algumas dessas acções, enunciou.

A pandemia da Covid19 já causou a morte a mais de 990 mil pessoas e infectou mais de 32,5 milhões em todo o mundo, desde Dezembro, segundo o último balanço da agência AFP, baseado em dados oficiais.

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