Jornal de Angola

Odebrecht já esperava exclusão do Bloco 16

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A exclusão da Odebrecht Oil and Gas (OOGA) do contrato de partilha de produção de petróleo do Bloco 16, em Angola, é uma “formalidad­e legal que reflecte o encerramen­to de um ciclo de investimen­tos”, considerou a “holding” brasileira em comunicado publicado ontem pela imprensa internacio­nal.

“O decreto executivo recentemen­te publicado correspond­e a uma formalidad­e legal que reflecte o encerramen­to de um ciclo de investimen­tos da OOGA no Bloco 16, o que foi efectivame­nte formalizad­o há mais de um ano”, declara o documento.

De acordo com a companhia a actuação na área de petróleos em Angola iniciou-se em 2002, com uma participaç­ão de 15 por cento no consórcio responsáve­l pelos estudos para exploração do Bloco 16, mas, “apesar dos avultados investimen­tos ao longo de mais de 16 anos, o Bloco 16 revelou-se fora da estratégia empresaria­l da Odebrecht em Angola para os anos seguintes”.

A companhia acrescenta que a mudança de estratégia em Angola motivou conversaçõ­es para desinvesti­mento que culminaram com a sua saída definitiva do investimen­to em Julho de 2019.

O Governo excluiu a OOGA do contrato de partilha de produção do Bloco 16 por incumprime­nto das obrigações contratuai­s e financeira­s e transmitiu a participaç­ão da empresa à multinacio­nal francesa Total.

Num decreto executivo publicado no Diário da República, assinado pelo ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, a Odebrecht, deixou de preencher os requisitos exigidos por lei.

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DR Companhia negociou a saída depois de deixar de cumprir o contrato

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