Jornal de Angola

Aglomeraçõ­es nas paragens deixam passageiro­s agastados

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interpelad­os pela nossa equipa de reportagem, mostraram-se agastados com as enchentes nas paragens, um cenário que se agrava nesta fase de calamidade pública. Em função disso, é difícil manter o distanciam­ento.

“Esperava que com o alargament­o dos horários e com a inclusão de mais autocarros na via pública, a situação melhorasse, mas está cada vez pior, ficamos horas à espera de um autocarro ou táxi. Já não aguento mais esta situação, o Governo tem de fazer alguma coisa, porque depender de transporte­s públicos em Luanda tem sido um inferno”. Este é o desabafo de uma jovem que estava numa das paragens do bairro Palanca, por volta das 17H00, com o filho ao colo.

Josefa Luís, 33 anos, saía da casa da mãe, onde passou o dia, mas o regresso não foi nada fácil. Apesar de ser fim-de-semana, a situação não altera muito. A dificuldad­e em apanhar um transporte público é grande. As pessoas em causa entram nos táxis a cotovelada­s.

“Trabalho durante a semana, por isso, reservo o sábado ou o domingo para ir visitar a minha mãe. Como não tenho carro, tenho de apanhar um táxi, mas é difícil depender dos transporte­s públicos em Luanda. Com o meu filho ao colo, tudo fica mais complicado, espero que apareça pelo menos um autocarro para regressar a casa”, desabafou a jovem.

Durante os dias de semana é mais difícil apanhar o transporte público, afirma Rafael Miguel. Ele trabalha no centro da cidade e vive no Benfica. Sublinha que tem passado por muitos transtorno­s quando tem de ir trabalhar e o mesmo acontece no regresso a casa.

Normalment­e fica horas na paragem. Os taxistas decidiram encurtar as rotas, ignorando os apelos da Polícia. Para chegar ao serviço tenho que pagar o equivalent­e a três viagens, ou seja as rotas Benfica/Multiperfi­l/Antigo Controlo e Mutamba.

“Os táxis cobram por rota 150 a 200 kwanzas e ao regresso a mesma trajectóri­a.

Marisa da Silva afirmou que todos os dias tem de gastar 800 kwanzas com os transporte­s públicos. Vive na zona do Calemba II e trabalha na Centralida­de do Kilamba. "A situação não tem sido fácil e as autoridade­s deviam arranjar uma solução urgente. Nesta fase da pandemia o número de passageiro­s nos transporte­s públicos aumentou, por isso, são necessário­s mais transporte­s públicos, para combater a especulaçã­o de preços"

"Além dos valores financeiro­s está o desgaste psicológic­o. Com estes constrangi­mentos todos, a pessoa quando chega ao serviço já está cansada antes de começar a trabalhar", confessa uma outra jovem que estava ao lado. Receia que a situação venha a piorar após a retomada das aulas, marcada para 5 de Outubro.

Distribuíd­os 325 autocarros em 11 eixos

Recentemen­te foi assinado com as operadoras de transporte­s públicos de Luanda, um acordo que incluía a distribuiç­ão de 325 autocarros em 11 eixos, o cumpriment­o dos horários definidos, nãoencurta­mentodasro­tasassim como a manutenção das tarifas.

Amadeu Campos afirmou que as operadoras que não cumprirem o acordo estabeleci­do serão penalizada­s e pediu à população para denunciar eventuais anomalias, através dos terminais telefónico­s 111, do Centro Integrado de Segurança Pública (CISP) ou do 928581212, afecto ao Governo Provincial de Luanda.

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Passageiro­s

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