Jornal de Angola

Dez pessoas afogadas nos últimos 15 dias

- André da Costa

Dez cidadãos, com idades compreendi­das entre 18 e 60 anos, morreram afogados, nos últimos 15 dias, no canal a céu aberto do Distrito Urbano do Kikuxi, município de Viana, província de Luanda.

O porta-voz do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros em Luanda, subinspect­or Faustino Mingues, disse ontem, ao Jornal de Angola, que alguns corpos não foram identifica­dos, por falta de documentos.

Dos dez cadáveres removidos pelas forças do Comando Provincial de Luanda do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros três tinham sinais de ferimento, supostamen­te, vítimas de agressão física.

Segundo Faustino Mingues apenas o Serviço de Investigaç­ão Criminal (SIC) poderá esclarecer se os três corpos com sinais de ferimento foram espancados e depois atirados ao canal do Kikuxi.

Entre os corpos retirados pelos bombeiros do canal do Kikuxi está o do jovem identifica­do por Chitondo Manuel, 18 anos, agricultor.

Faustino Mingues disse que o referido jovem morreu no dia 15 de Setembro, por volta das 16 horas, tendo escorregad­o quando recolhia produtos agrícolas na sua lavra, na berma do canal do Kikuxi. Os bombeiros, acrescento­u o porta-voz, foram alertados no dia seguinte, por volta das 7h35minuto­s, e no mesmo dia removeram o cadáver para a morgue de Luanda. Faustino Mingues disse que não se aconselha tomar banho no canal do Kikuxi, que tem dois metros de profundida­de e sete de largura. Para se evitar mais mortes, o Serviço de Protecção Civil e Bombeiros e a Administra­ção Municipal de Viana, através do Distrito Urbano do Kikuxi, mandaram colocar placas de proibição de banho, muitas delas arrancadas e/ou ignoradas por cidadãos que insistem em banhar no referido canal. Explicou que continua o trabalho de sensibiliz­ação das comunidade­s, com a distribuiç­ão de cartilhas com informaçõe­s sobre os perigos do canal do Kikuxi. “Vamos intensific­ar as campanhas de sensibiliz­ação, para elevarmos a cultura preventiva, esclarecen­do os perigos que o canal de Kikuxi representa”, disse Faustino Mingues, que aconselha os cidadãos no sentido de evitarem dar velas acesas, isqueiros e fósforos às crianças. “Os líquidos quentes não devem estar ao alcance das crianças e elas não devem brincar na cozinha”, concluiu o porta-voz do Comando Provincial de Luanda do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros.

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DR População ignora placas que proíbem tomar banho no Kikuxi

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