Dez pessoas afogadas nos últimos 15 dias
Dez cidadãos, com idades compreendidas entre 18 e 60 anos, morreram afogados, nos últimos 15 dias, no canal a céu aberto do Distrito Urbano do Kikuxi, município de Viana, província de Luanda.
O porta-voz do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros em Luanda, subinspector Faustino Mingues, disse ontem, ao Jornal de Angola, que alguns corpos não foram identificados, por falta de documentos.
Dos dez cadáveres removidos pelas forças do Comando Provincial de Luanda do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros três tinham sinais de ferimento, supostamente, vítimas de agressão física.
Segundo Faustino Mingues apenas o Serviço de Investigação Criminal (SIC) poderá esclarecer se os três corpos com sinais de ferimento foram espancados e depois atirados ao canal do Kikuxi.
Entre os corpos retirados pelos bombeiros do canal do Kikuxi está o do jovem identificado por Chitondo Manuel, 18 anos, agricultor.
Faustino Mingues disse que o referido jovem morreu no dia 15 de Setembro, por volta das 16 horas, tendo escorregado quando recolhia produtos agrícolas na sua lavra, na berma do canal do Kikuxi. Os bombeiros, acrescentou o porta-voz, foram alertados no dia seguinte, por volta das 7h35minutos, e no mesmo dia removeram o cadáver para a morgue de Luanda. Faustino Mingues disse que não se aconselha tomar banho no canal do Kikuxi, que tem dois metros de profundidade e sete de largura. Para se evitar mais mortes, o Serviço de Protecção Civil e Bombeiros e a Administração Municipal de Viana, através do Distrito Urbano do Kikuxi, mandaram colocar placas de proibição de banho, muitas delas arrancadas e/ou ignoradas por cidadãos que insistem em banhar no referido canal. Explicou que continua o trabalho de sensibilização das comunidades, com a distribuição de cartilhas com informações sobre os perigos do canal do Kikuxi. “Vamos intensificar as campanhas de sensibilização, para elevarmos a cultura preventiva, esclarecendo os perigos que o canal de Kikuxi representa”, disse Faustino Mingues, que aconselha os cidadãos no sentido de evitarem dar velas acesas, isqueiros e fósforos às crianças. “Os líquidos quentes não devem estar ao alcance das crianças e elas não devem brincar na cozinha”, concluiu o porta-voz do Comando Provincial de Luanda do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros.