Travessa promete criar circuito “Angola Tour”
Líder da lista B pretende atribuir aos clubes e às associações poder na tomada de decisões para aumentar o nível competitivo
Luís Filipe Lopes Travessa, líder da Lista B às eleições de renovação de mandato na Federação Angolana de Judo (Fajudo), promete implementar o “Angola Tour”, um circuito nacional que abarca a realização de eventos nas capitais províncias para a elevação dos níveis competitivos dos atletas e das performances de treinamento desportivo.
A proposta foi feita sábado último no acto de apresentação do programa eleitoral.
Em declarações ao Jornal de Angola, o ex-atleta da categoria 1º DAN disse que as condições técnicas do circuito deve ser da responsabilidade da Fajudo. Para o efeito, o também empresário e engenheiro de Petróleo na reforma garantiu que tem tudo acautelado para o sucesso do evento.
“O Angola Tour visa congregar pessoas sérias, honestas e que cumpram as promessas. A competição interna deve ser aumentada em todos os escalões com o apoio financeiro da Federação às Associações provinciais para que realizem os campeonatos locais sem pressões”, disse.
O candidato descreve a estratégia: “Vamos atribuir às associações provinciais de Judo, profissionais e aos clubes mais poderes na tomada de decisões nucleares, na comparticipação das receitas e na execução do projecto durante o mandato. Visamos melhorar o relacionamento entre as pessoas, pois entendemos que a transparência e a credibilidade dão maior valor a uma instituição”.
O aspirante assegura que é imprescindível “modernizar e aumentar a qualidade e a eficiência na organização de eventos em todos os níveis”, assim como é “preciso resgatar a confiança e o prestígio para se devolver aos jovens o sonho de uma carreira promissora no judo”.
Para o efeito, propõe-se a promover a criação de associações nacionais de Treinadores de Judo de Angola e a de Árbitros de Judo de Angola”, principais parceiros na definição de projectos e programas coordenados pelo director Técnico Nacional da Fajudo. Os treinadores e os árbitros vão ser certificados para concorrerem à categoria internacional e os de Elite vão beneficiar de incentivos específicos.
Licenciamento dos clubes
A lista B vai criar uma Comissão Técnica de avaliação e licenciamento das Academias em todo o país e defender os interesses dos clubes na transferência de atletas, que muitas vezes ficam sem vantagens para os formadores. Uma outra comissão deve avaliar a classe feminina para a elaboração e a implementação de projectos específicos de formação e a obrigatoriedade de inclusão em todas as provas.
Travessa propõe-se também a criar um ranking nacional com actualização mensal e vai congregar os 10 melhores judocas de cada categoria. A posição na lista vai determinar a escolha para a participação nas competições internacionais. O resultado obtido no torneio internacional anual em Angola vai ser um dos itens de avaliação e os melhores vão ser premiados no final de cada época desportiva numa Gala Nacional.
O programa do empresário contempla a construção do Centro Nacional de Alto Treinamento para reduzir os custos com os estágios além fronteira. Os atletas mais destacados de cada associação provincial vão desenvolver as competências desportivas no espaço a criar sob cuidados de uma equipa liderada pela Associação de Treinadores.
Conselho de Honra
Os antigos agentes da modalidade têm “galeria” na gestão. Vão integrar o Conselho Nacional de Honra, um órgão de consulta da direcção executiva na tomada de decisões de interesse nacional. O foco é “melhorar a imagem e a divulgação do judo no país, numa estratégia de melhor comunicação”.
A transparência da lista B estende-se na reactivação dos acordos de parceria com a Kodokan por via da Embaixada do Japão e com a Federação francesa. O objectivo é incentivar e apoiar os dirigentes e atletas a aumentar os níveis académicos para posterior enquadramento na estrutura profissional e de trabalho formal.
A actualização do Regulamento de Disciplina “constitui um passo importante na nova visão do exercício do poder”. Os Conselhos Fiscal e de Disciplina vão ser incumbidos a fazer a revisão completa da dívida e castigos aplicados aos agentes para a apreciação e reparação dos danos materiais e morais causados.
Luís Travessa foi presidente da Associação Provincial de Judo de Luanda entre 2000-2008. Foi funcionário do Ministério dos Petróleos, da AGIP e Chevron.