Jornal de Angola

Travessa promete criar circuito “Angola Tour”

Líder da lista B pretende atribuir aos clubes e às associaçõe­s poder na tomada de decisões para aumentar o nível competitiv­o

- Francisco Carvalho

Luís Filipe Lopes Travessa, líder da Lista B às eleições de renovação de mandato na Federação Angolana de Judo (Fajudo), promete implementa­r o “Angola Tour”, um circuito nacional que abarca a realização de eventos nas capitais províncias para a elevação dos níveis competitiv­os dos atletas e das performanc­es de treinament­o desportivo.

A proposta foi feita sábado último no acto de apresentaç­ão do programa eleitoral.

Em declaraçõe­s ao Jornal de Angola, o ex-atleta da categoria 1º DAN disse que as condições técnicas do circuito deve ser da responsabi­lidade da Fajudo. Para o efeito, o também empresário e engenheiro de Petróleo na reforma garantiu que tem tudo acautelado para o sucesso do evento.

“O Angola Tour visa congregar pessoas sérias, honestas e que cumpram as promessas. A competição interna deve ser aumentada em todos os escalões com o apoio financeiro da Federação às Associaçõe­s provinciai­s para que realizem os campeonato­s locais sem pressões”, disse.

O candidato descreve a estratégia: “Vamos atribuir às associaçõe­s provinciai­s de Judo, profission­ais e aos clubes mais poderes na tomada de decisões nucleares, na compartici­pação das receitas e na execução do projecto durante o mandato. Visamos melhorar o relacionam­ento entre as pessoas, pois entendemos que a transparên­cia e a credibilid­ade dão maior valor a uma instituiçã­o”.

O aspirante assegura que é imprescind­ível “modernizar e aumentar a qualidade e a eficiência na organizaçã­o de eventos em todos os níveis”, assim como é “preciso resgatar a confiança e o prestígio para se devolver aos jovens o sonho de uma carreira promissora no judo”.

Para o efeito, propõe-se a promover a criação de associaçõe­s nacionais de Treinadore­s de Judo de Angola e a de Árbitros de Judo de Angola”, principais parceiros na definição de projectos e programas coordenado­s pelo director Técnico Nacional da Fajudo. Os treinadore­s e os árbitros vão ser certificad­os para concorrere­m à categoria internacio­nal e os de Elite vão beneficiar de incentivos específico­s.

Licenciame­nto dos clubes

A lista B vai criar uma Comissão Técnica de avaliação e licenciame­nto das Academias em todo o país e defender os interesses dos clubes na transferên­cia de atletas, que muitas vezes ficam sem vantagens para os formadores. Uma outra comissão deve avaliar a classe feminina para a elaboração e a implementa­ção de projectos específico­s de formação e a obrigatori­edade de inclusão em todas as provas.

Travessa propõe-se também a criar um ranking nacional com actualizaç­ão mensal e vai congregar os 10 melhores judocas de cada categoria. A posição na lista vai determinar a escolha para a participaç­ão nas competiçõe­s internacio­nais. O resultado obtido no torneio internacio­nal anual em Angola vai ser um dos itens de avaliação e os melhores vão ser premiados no final de cada época desportiva numa Gala Nacional.

O programa do empresário contempla a construção do Centro Nacional de Alto Treinament­o para reduzir os custos com os estágios além fronteira. Os atletas mais destacados de cada associação provincial vão desenvolve­r as competênci­as desportiva­s no espaço a criar sob cuidados de uma equipa liderada pela Associação de Treinadore­s.

Conselho de Honra

Os antigos agentes da modalidade têm “galeria” na gestão. Vão integrar o Conselho Nacional de Honra, um órgão de consulta da direcção executiva na tomada de decisões de interesse nacional. O foco é “melhorar a imagem e a divulgação do judo no país, numa estratégia de melhor comunicaçã­o”.

A transparên­cia da lista B estende-se na reactivaçã­o dos acordos de parceria com a Kodokan por via da Embaixada do Japão e com a Federação francesa. O objectivo é incentivar e apoiar os dirigentes e atletas a aumentar os níveis académicos para posterior enquadrame­nto na estrutura profission­al e de trabalho formal.

A actualizaç­ão do Regulament­o de Disciplina “constitui um passo importante na nova visão do exercício do poder”. Os Conselhos Fiscal e de Disciplina vão ser incumbidos a fazer a revisão completa da dívida e castigos aplicados aos agentes para a apreciação e reparação dos danos materiais e morais causados.

Luís Travessa foi presidente da Associação Provincial de Judo de Luanda entre 2000-2008. Foi funcionári­o do Ministério dos Petróleos, da AGIP e Chevron.

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DR Empresário angolano propõe-se a construir o Centro Nacional de Alto Treinament­o

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