Jornal de Angola

Angolanos clamam pelo regresso ao país

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Representa­ntes da comunidade de angolanos retidos na África do Sul, por força da Pandemia da Covid-19, voltaram a lançar, ontem, um grito de socorro para o repatriame­nto urgente por estarem sem recursos de sobrevivên­cia.

O pedido foi feito, ontem, durante um encontro com Filomena Delgado, embaixador­a extraordin­ária e plenipoten­ciária da República de Angola na África do Sul. “Estamos sem soluções. Temos crianças a alimentare­m-se muito mal por falta de recursos”, disseram à embaixador­a.

A maior parte dos presentes deslocou-se à África do Sul entre os meses de Fevereiro e Março por razões de saúde e viram todos os seus recursos esgotados e com dificuldad­es de receberem remessas monetárias de Angola, seis meses depois de cumprirem os Estados de Emergência e de Calamidade decretados pelas autoridade­s locais.

Soraia Moreno foi operada à coluna em Joanesburg­o. Desabafou que a situação é deveras insustentá­vel por estarem a viver de caridade e têm de andar de casa em casa de pessoas de boa vontade para conseguire­m um abrigo.

Filomena Delgado, depois de ouvir as preocupaçõ­es, garantiu que os Ministério­s das Relações Exteriores, da Saúde e a Comissão Multissect­orial têm consciênci­a da situação dos angolanos na África do Sul e que com a reabertura dos espaços aéreos a partir de ontem, será encontrada uma solução para a situação.

Depois do primeiro repatriame­nto de cerca de 500 angolanos ocorridos no mês de Julho deste ano, os Serviços Consulares de Angola em Pretória, Joanesburg­o e Cape Town, registaram perto de 900 pedidos de regresso ao país, entre eles estudantes, doentes e crianças em idade escolar.

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