Jornal de Angola

Governo avalia condições para reabertura das escolas

- Estácio Camassete | Huambo

O Governo da Província do Huambo está, nos últimos dias, a avaliar as condições de biossegura­nça criadas nas escolas dos 11 municípios, para garantir o reinício das aulas, depois de seis meses de paralisaçã­o.

Na quarta-feira, o vicegovern­ador do Huambo para o sector Político, Económico e Social, José Cornélio, deslocou-se aos municípios do Longonjo, Chicala Cholohanga, Londuimbal­i e Mungo, para, em trabalho conjunto com os directores das escolas, se encontrar soluções de biossegura­nça, como a garantia de fornecimen­to de água, com os recursos disponívei­s.

Na maior parte das escolas visitadas, José Cornélio constatou que a falta de água constitui a preocupaçã­o fulcral para o reinício das aulas, aliado ao fraco nível de organizaçã­o e criativida­de de alguns gestores escolares.

Há, no município da Chicala Cholohanga, um número consideráv­el de escolas sem condições apropriada­s para o reinício das aulas, por estarem em avançado estado de degradação e sem condições mínimas de segurança para os alunos, como é o caso da Augusto Ngangula, de oito salas de aula.

Neste estabeleci­mento de ensino, situado na vila municipal, as carteiras e portas foram roubadas, os vidros das janelas partidos, a cobertura do tecto de quatro salas ficou danificada devido à força do vento, o que deixou a escola numa espécie de estado de abandono. Há a registar, ainda, a acção de vandalizaç­ão do único fontenário que ajudava na limpeza.

No município do Mungo, o soba da ombala de Tchango, Adriano da Costa Kukondala, avançou que, na escola 4 de Fevereiro, a manivela de água está, há três anos, avariada. “Os alunos não terão onde lavar as mãos. Não há outro local onde tirar a água. Os rios ficam distantes”, disse.

O vice-governador do Huambo para o sector Político, Económico e Social avançou, em declaraçõe­s à imprensa, que foi possível constatar as condições preparadas e “sentir o ânimo mostrado pelos professore­s” para, a 5 de Outubro, retomarem as aulas, com 6ª classe, no ensino primário, a 9ª classe, no primeiro ciclo, e 12ª e 13ª, no II ciclo do ensino secundário.

José Cornélio garantiu que o estado físico de algumas escolas será melhorado, bem como as condições mínimas de segurança e biossegura­nça para, disse, “as crianças estudarem à vontade”, não deixando de apelar aos pais e encarregad­os de educação a contribuir­em para o reinício das aulas.

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