Baía dos Tigres pode tornar-se num oásis
O governo do Namibe pretende tornar a ilha da Baía dos Tigres, no município do Tômbwa, num verdadeiro “Oásis” de Angola, a julgar pelas suas características geográficas e com os recursos turísticos, históricos e politicos que a mesma apresenta.
A pretensão foi manifestada, ontem, pelo governador do Namibe, Archer Mangueira, após o final da sua visita àquela ilha, tendo salientado que, num período de curto e médio prazo, o governo poderá tornar esta localidade num verdadeiro Oásis de Angola, pois a mesma apresenta infra-estruturas da década de 40, com valor turístico, histórico e político, que poderá atrair assim gentes nacionais e estrangeiras em saber mais da sua essência e do modo de vida dos seus povos.
Esta é a primeira visita como governador do Namibe a esta ilha.
Nesta localidade, o governante visitou a capela afecta à Igreja Católica, tanques de água, o cine Baía dos tígre, antigo hospital, zona industrial e pesqueira, antigo cemitério, a famosa lagoa e a praia da Vanessa.
A comuna, com uma área de 100 quilómetros quadrados, foi fundada por pescadores do Algarve (Portugal) em 1860 e habitada por eles até ao final do período colonial, 1975, mas devido à escassez de água a vila foi ficando abandonada. Actualmente é uma ilha isolada e desabitada, situada no Sul de Angola. Reza a historia que a mesma foi descoberta pelo marinheiro português Diogo Cão.
Desde a década de 1860 que os primeiros habitantes mudaram-se para lá e estabeleceram a vila de pescadores chamada Tigres.
Em 1962, a conexão terrestre foi interrompida por uma tempestade. Isto levou a interrupção da ligação de água doce, que inaugurou o desaparecimento do assentamento.
Após a Revolução dos Cravos, os últimos colonos deixaram a ilha em 1974, pela justificação da falta deste precioso líquido para a sua sobrevivência.
Hoje é considerada como ilha fantasma voltada pela natureza, o que lhe torna como um lugar fascinante para a presença de turistas nacionais e estrangeiros.