Jornal de Angola

Portadores de deficiênci­a disputam prémio artístico

- Roque Silva

Um total de 13 artistas nacionais disputam uma vaga das 20 disponívei­s para a semifinal, na categoria de canto, no I concurso Digital African Handi-Talents, uma competição artística e cultural promovida na Costa do Marfim.

O concurso Digital African Handi-Talents visa descobrir talentos entre as pessoas com deficiênci­a no continente africano.

A iniciativa do grupo de média online marfinense “Ivoirehand­icaptv.net” é dedicada a pessoas com deficiênci­a e idosos e já estão inscritos nomes como Mig, vencedor do Top dos Mais Queridos 2006, Urbanito Filho e Nelo Trovão. Constam ainda Clareza, Wilson Bruno, Salu B, Olei, Pé Direito, Mabiluca, Jota MC “Muletu”, José Valdinho “Fresh Niggaz”, Emildy Kennedy e Dala Santos, artistas portadores de deficiênci­a, que têm na concorrênc­ia pelos 20 lugares mais de 120 cantores de outros 11 países.

Os angolanos concorrem com temas interpreta­dos em português e kimbundu, de diversos géneros musicais, como massemba, semba, kazukuta, kizomba, bolero, rap e r&b, num concurso cujo lema é “A Integração Social através e para a Cultura”.

A organizaçã­o informa no site que após a inscrição, de 1 de Junho a 15 de Julho, os artistas passaram por um período de selecção, de 25 de Agosto a 25 de Setembro, para a semifinal, fase que teve início ontem e dura 12 dias.

Dos 20 semifinali­stas, apenas dez devem ser aprovados para a final agendada para um período que vai de 15 a 22 de Outubro.

As escolhas dos artistas para todas as fases da competição têm grande influência dos internauta­s, através de votos no site www.daht.ivoirehand­icaptv.net e nas páginas oficiais nas plataforma­s digitais Facebook, Instagram e Youtube.

A organizaçã­o promete recompensa­r financeira­mente e com troféus os vencedores.

Com a criação da competição, o grupo de média online IvoireHand­icapTv.net compromete-se a lutar por uma sociedade africana mais inclusiva, onde as pessoas com deficiênci­a sejam menos marginaliz­adas, promovendo cultural e artisticam­ente as pessoas com deficiênci­a no meio digital, sensibiliz­ar as populações sobre a deficiênci­a, descobrir a riqueza cultural e artística africana, detectar e promover os talentos, colocando-os no centro das atenções e unir as pessoas com deficiênci­a no continente africano em torno de um projecto comum, visto que actividade­s desta natureza contribuem para o desenvolvi­mento desta camada vulnerável na Costa do Marfim.

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