Banco Mundial a favor do fim da subvenção
Jean-Christophe Carret justifica que esta beneficia apenas uma minoria da população e deixa de lado outra carente
O Banco Mundial (BM) apoia a intenção do Executivo angolano na retirada da subvenção dos combustíveis, anunciou ontem, em Luanda, o novo director regional da instituição financeira para África.
Jean-Christophe Carret, que falava em conferência de imprensa, para balanço dos quatro dias da sua visita a Angola, afirmou que a instituição financeira internacional apoia esta retirada, por compreender que a subvenção vem beneficiar apenas uma menor parte da população, deixando de lado a população carente, pelo que, acrescentou, o BM está apoiar o Governo na implementação de um programa denominado “Kwenda”, que está a servir para apoiar financeiramente as famílias mais vulneráveis.
O novo responsável para África informou que Angola não vai beneficiar do financiamento na ordem dos 50 mil milhões de dólares, a serem disponibilizados, brevemente, pelo Banco Mundial, por ser um país considerado de rendimento de médio-alto.
O montante, segundo o novo director, vai servir para apoiar projectos em 48 países pobres da África subsariana.
Jean-Christophe Carret, que, pela primeira vez, visita Angola, deu a conhecer que o Banco Mundial está a proceder a adaptação do seu posicionamento, fruto da pandemia e seus efeitos. “Inicialmente, pensava-se que a doença seria de pouco tempo, mas depois percebemos que a mesma vai vigorar por mais tempo. Por isso, nós temos estado a nos ajustar pontualmente”
Durante os quatro dias da visita a Angola, do novo director regional do Banco Mundial para África, JeanChristophe
Carret, foram passados em revista os vários projectos de desenvolvimento social em curso em Angola.
A visita do novo director para África permitiu também que as duas partes pudessem repensar sobre as estratégias, no sentido de evitar os eventuais constrangimentos resultantes do surgimento da pandemia da Covid-19.
A ministra das Finanças, Vera Daves, presente na conferência de imprensa, considerou que os projectos em curso, resultantes de financiamento pelo BM, estão a “bom ritmo”.