Presença tímida de alunos nas escolas de Ndalatando
A maioria
das escolas de Ndalatando, na província do Cuanza-Norte, teve uma presença tímida de alunos no primeiro dia de aulas, após um interregno de seis meses devido à pandemia da Covid-19.
O director da escola São João Baptista, António Domingos, afirmou que dos 98 alunos matriculados na 9ª classe, apenas 14 marcaram presença no primeiro dia. Na escola do bairro Azul, na periferia de Ndalatando, somente dez alunos da sexta classe compareceram.
Para a directora do complexo escolar Santa Maria Goretti, Feliciana de Bastos, o absentismo deve-se ao receio de contaminação. Situada no centro da cidade, a escola tem 20 torneiras, sendo 10 à entrada principal e as demais junto à quadra desportiva.
No primeiro dia de aulas foi visível a observância de algumas medidas de biossegurança, como a lavagem das mãos e o distanciamento por mais de um metro, entre alunos.
A Escola São João Baptista recebeu da Administração Municipal de Cazengo quatro litros de lixívia, 12 quadras de sabão e igual número de embalagens de guardanapos, de acordo com o director António Domingos.
Sublinhou que a escola precisa de dinheiro para assegurar a reposição do stock de materiais de biossegurança e teme pela vandalização dos reservatórios de água, em plástico, por falta de segurança no pátio. O encarregado de educação Manuel Luamba destacou a necessidade de todos os pais manterem diálogo permanente com os filhos, em relação às medidas de protecção contra a pandemia. Salientou a necessidade de os angolanos manterem a fé em Deus, para o alcance do sucesso na luta contra a Covid-19.
Sindicato deplora condições
O secretário provincial do Sindicato dos Professores no Cuanza-Norte, Domingos João, defende o reforço das condições de biossegurança.
O sindicalista sugere a criação de equipas especializadas para a desinfecção das turmas por cada turno e aconselha o melhoramento no fornecimento de água em certas escolas.
Domingos João nega o boicote das aulas, mas desaconselha o envio à escola de professores com doenças crónicas para se evitar desgraças.