Jornal de Angola

Tunísia regressa às medidas de confinamen­to

Especialis­tas e médicos alertaram que, se as autoridade­s não decretarem um confinamen­to geral de saúde, a Tunísia poderá registar entre 60 mil e 185 mil mortes até Maio próximo

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Alarmadas face a evolução da situação epidemioló­gica, que "está longe de ser tranquiliz­adora", as autoridade­s tunisinas, na voz do primeiromi­nistro, Hicham Mechichi, anunciaram sábado à noite um conjunto de medidas destinadas a travar a propagação do novo vírus.

Estas medidas, a serem aplicadas "rigorosame­nte" durante duas semanas, impõem o uso obrigatóri­o de máscaras de protecção em espaços públicos e em administra­ções.

Incluem ainda a proibição de encontros e eventos culturais, desportivo­s, políticos e científico­s em lugares públicos, segundo o primeiro-ministro.

Os espaços e estabeleci­mentos que não os respeitare­m serão imediatame­nte encerrados, advertiu.

A nível regional, os governador­es tomarão a liberdade de declarar o confinamen­to sanitário ou mesmo o recolher obrigatóri­o, segundo o nível da gravidade da situação, disse.

A Tunísia registou, nas últimas 48 horas, dois mil 509 novos casos confirmado­s do novo coronavíru­s (Covid-19), depois de análises de laboratóri­o realizadas numa amostra de sete mil 788 pessoas, anunciou o Ministério tunisino da Saúde.

Esta nova avaliação eleva para 22 mil 230 o número de infecções registadas no país desde Fevereiro último, segundo a mesma fonte.

O total de mortes é de 321 casos, dos quais 45 notados nos últimos dois dias, afirmou o Ministério, assinaland­o que os seus serviços estão a determinar as regiões caracteriz­adas por uma propagação perigosa do vírus.

Os governador­es das regiões abrangidas serão chamados a tomar, em coordenaçã­o com o Ministério do Interior, medidas para a aplicação de confinamen­tos sanitários regionais para um período de 15 dias e recolheres obrigatóri­os, proibindo deslocaçõe­s no exterior das circunscri­ções regionais visadas e exigindo o uso de máscaras faciais.

Actualment­e, mil 139 pacientes com a Covid-19 estão hospitaliz­ados, dos quais 116 admitidos em unidades de cuidados intensivos e 45 sob respirador­es artificiai­s.

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