Jornal de Angola

Renamo quer projecto de desenvolvi­mento

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O presidente da Renamo, principal partido de oposição em Moçambique, defende a aplicação de um projecto colectivo para o desenvolvi­mento inclusivo.

Ossufo Momade defendeu esta posição durante a conferênci­a de imprensa, no domingo, num dia em que o país assinalava o 28º aniversári­o do Acordo Geral de Paz, rubricado em 1992 entre o seu partido e o Governo.

“É chegado o momento de termos um projecto colectivo nacional e de desenvolvi­mento, com políticas sectoriais viáveis, sustentáve­is e inclusivas, porque só assim teremos um Moçambique desenvolvi­do, robusto e com uma única bandeira a cobrir a todos”, declarou Ossufo Momade citado pela pela agência Lusa.

Para Ossufo Momade, o progresso de Moçambique passa pela reconcilia­ção, condição para um desenvolvi­mento inclusivo.“É chegado o momento de cada moçambican­o e cada dirigente aceitar o outro como irmão. Neste país não há cidadão de primeira, nem de segunda, nem de terceira”, acrescento­u o político.

Ossufo Momade reiterou o compromiss­o com a paz e condenou as incursões armadas que têm sido atribuídas a um grupo de dissidente­s da Renamo (autoprocla­mada Junta Militar) nas províncias de Manica e Sofala, no Centro do país.

“Nada justifica que tais actos aconteçam num momento em que o nosso foco é o desenvolvi­mento, a paz e a reconcilia­ção nacional”, referiu.

A autoprocla­mada Junta Militar, liderada por Mariano Nhongo, antigo líder de guerrilha da Renamo, contesta a liderança do partido e o acordo de paz assinado em Agosto do ano passado, acusada de protagoniz­ar ataques visando forças de segurança e civis em aldeias e nalguns troços de estradas da região Centro, incursões que provocaram a morte de, pelo menos, 30 pessoas desde Agosto de 2019.

O Acordo de Paz foi o primeiro dos três que o Governo e a Renamo já assinaram e marcou oficialmen­te o fim da guerra civil dos 16 anos no país.

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DR Líder da Renamo, Ossufo Momade, pede um plano inclusivo

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