A pandemia, novos confinamentos e as potências económicas
A pandemia da Covid-19 continua a assustar todo o mundo, havendo países que voltaram ou admitem voltar a confinamentos, totais ou parciais, em virtude do aumento rápido de casos de infecção com o novo coronavírus. Os governos estão cada vez mais conscientes, em face do aumento das infecções com a Covid-19, de que devem trabalhar mais em sintonia com os cientistas para poderem dar solução a uma crise sanitária que está a afectar as economias, e consequentemente, a causar graves problemas às famílias, que vão ficando sem rendimentos com o aumento do desemprego. O desemprego constitui na verdade uma das graves consequências da pandemia da Covid-19 em todo o mundo, estando muitos Estados a procurar, sob as mais diversas formas, recursos financeiros para mitigar um problema que está já a agravar a pobreza em muitas partes do globo. Há um bloco regional económico e político, a União Europeia, que está em busca de soluções que permitam a recuperação das economias dos países que a compõem, mas nem todos os Estados do mundo estão em condições de, nas suas regiões, mesmo integrados em organizações económicas, conseguirem recursos para fazerem face a problemas derivados da pandemia. A grande esperança de muitos países é a tomada de medidas globais que possam ajudar particularmente países que já estavam, antes da pandemia, afectados por problemas económicos e sociais graves. A grande esperança da maioria dos países é que se distribua a nível mundial vacinas, sem quaisquer discriminações. O problema da pandemia da Covid-19 é global. Como disse um prestigiado político europeu, a Covid-19 é "um problema de saúde pública global", que deve merecer a atenção das potências económicas, que, em sua opinião, se deviam unir para fazer face a uma situação que põe em perigo milhões de vidas humanas. Segundo ainda esse prestigiado político europeu, não é hora, nestes tempos de crise sanitária, de nacionalismos e de proteccionismos geradores de mais problemas para a humanidade. Que tomemos nota da observação do Papa Francisco, que, na nova encíclica dedicada à fraternidade, afirmou que "a História dá sinais de regressão. Reacendem-se conflitos anacrónicos que se consideravam superados, ressurgem nacionalismos fechados, exacerbados, ressentidos e agressivos".