Jornal de Angola

Tribunal da Relação atende II Região Jurídica

- Sampaio Júnior | Benguela

O Tribunal da Relação da II Região

Jurídica foi ontem inaugurado, na cidade de Benguela, pelo ministro de Estado e chefe da Casa

Civil do Presidente da República, Adão de Almeida. O acto foi simbólico, não tendo havido declaraçõe­s públicas, devido ao passamento do governador provincial do Uíge, Sérgio Luther

Rescova. O Tribunal conta com 23 juízes desembarga­dores, que vão atender Benguela, Huambo e Cuanza-Sul.

Depois do Lubango, na sexta-feira, o ministro de Estado e chefe da Casa Civil do Presidente da República, Adão de Almeida, procedeu, ontem, na cidade de Benguela, à inauguraçã­o da sede do Tribunal de Relação da II Região Jurídica.

O acto foi simbólico, não tendo havido declaraçõe­s públicas, devido ao passamento físico do governador provincial do Uíge, Sérgio Luther Rescova, nas primeiras horas da noite de sextafeira, vítima de doença.

Assistiu-se ao corte de fita, descerrame­nto da placa, visita guiada às instalaçõe­s e a assinatura do protocolo de entrega provisória do edifício ao Conselho Superior da Magistratu­ra Judicial (CSMJ).

No quadro do novo mapa jurídico, Benguela é a sede do Tribunal da Relação da II Região, que conta com 23 juízes desembarga­dores, que vão atender os processos das províncias de Benguela, Huambo e Cuanza-Sul.

O edifício, localizado na rua Afonso de Albuquerqu­e, é propriedad­e do Banco Nacional de Angola (BNA) e foi cedido à luz do Decreto Presidenci­al nº 28/2019, de 16 de Janeiro, que aprova o Programa de Implementa­ção da Lei Orgânica sobre a Organizaçã­o e Funcioname­nto dos Tribunais de Jurisdição Comum.

Completame­nte apetrechad­o, o Tribunal da Relação de Benguela possui dois pisos e está numa área de 1.390 metros quadrados. Para adaptá-lo às necessidad­es do tribunal, o antigo edifício do BNA beneficiou de obras no interior e exterior, que permitiram a criação de mais áreas específica­s, como salas de audiência e de informátic­a, biblioteca, reprografi­a, área administra­tiva, de consulta digital e gabinetes de trabalho.

O ministro de Estado e chefe da Casa Civil disse, na sexta-feira, que a inauguraçã­o do Tribunal da Relação do Lubango, que vai atender as províncias da Huíla, Namibe, Cunene e Cuando Cubango, é um marco histórico, desde a aprovação da Lei sobre a Organizaçã­o e Funcioname­nto dos Tribunais de Jurisdição Comum.

“Este acto é bastante importante porque permite dar mais um passo na materializ­ação do Plano de Desenvolvi­mento Nacional no que a reforma da Justiça diz respeito”, sublinhou Adão de Almeida, durante a intervençã­o, na cerimónia assistida por magistrado­s judiciais e do Ministério Públicos, membros do Governo Provincial e da sociedade civil.

A criação de regiões judiciária­s, esclareceu, introduz uma nova instância, com o objectivo e efeito principal de evitar o recurso directo ao Tribunal Supremo, permitindo maior celeridade processual, segurança e confiança no sistema judicial.

O chefe da Casa Civil afirmou que a criação de Tribunais da Relação é um passo importante na busca de condições para que o poder judicial, com a independên­cia que a Constituiç­ão reserva, possa desenvolve­r a sua tarefa rumo à consolidaç­ão do Estado de Direito no país.

Adão de Almeida felicitou o Conselho Superior da Magistratu­ra Judicial (CSMJ), augurando que o Tribunal da Relação do Lubango “seja o marco de viragem na organizaçã­o judiciária, na celeridade processual e na aproximaçã­o dos serviços de Justiça”.

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FERNANDO OLIVEIRA | EDIÇÕES NOVEMBRO

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