País continua a lamentar a morte de Luther Rescova
Adão de Almeida escreveu o seguinte na sua página do Facebook: “Não era para ser assim, Camarada. Há desafios geracionais que era suposto enfrentarmos juntos. Nem dá para dizer ‘descansa em paz’ porque não era o momento de descansar. Forte abraço, Companheiro. Estamos juntos”
De vários quadrantes, continuam a chegar mensagens de dor e consternação pela morte do governador do Uíge, Sérgio Luther Rescova, falecido, na noite de sexta-feira, em Luanda, vítima de doença, aos 40 anos.
O ministro de Estado e chefe da Casa Civil do Presidente da República, Adão de Almeida, inaugurou, ontem, o Tribunal da Relação de Benguela, mas, consternado com a morte de Sérgio Luther Rescova, dispensou o discurso.
Horas antes tinha escrito o seguinte na sua página do Facebook: “Não era para ser assim, Camarada. Há desafios geracionais que era suposto enfrentarmos juntos. Nem dá para dizer “descansa em paz” porque não era o momento de descansar. Forte abraço, Companheiro. Estamos juntos”.
O ministro da Justiça e dos Direitos Humanos afirma, numa mensagem de condolências, que Sérgio Luther Rescova deixou um “vazio muito grande” na sua família e no país. “Sérgio Luther era um jovem promissor, de trato fácil, integridade e muito dedicado às causas da pátria, a qual serviu com grande dedicação e sentido de missão”, escreveu.
O ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Manuel Homem, considerou a morte do governador do Uíge “uma perda irreparável”, sublinhando que o povo angolano “sempre viu nele um porto seguro para as suas aspirações de progresso e de desenvolvimento de Angola”.
Numa mensagem de condolências, Manuel Homem enaltece os feitos de Sérgio Luther Rescova, frisando que, ao longo da sua vida, “soube, corajosamente, situar-se no lado certo da história”.
O mesmo sentimento é manifestado pela ministra da Cultura, Turismo e Ambiente, Adjany Costa, para quem “Angola perde um dos seus grandes filhos, patriota e destacado defensor da promoção e desenvolvimento dos jovens”. A governante lembra Sérgio Luther Rescova Joaquim como um “incansável dirigente político e académico de reconhecida competência”.
Para o ministro da Economia e Planeamento, Sérgio Santos, Luther Rascova é “um exemplo inegável de que Angola tinha jovens patriotas e capazes de contribuir para o desenvolvimento do país, de forma incondicional”.
“Fê-lo a nível partidário, fê-lo ao aceitar ser governador da província de Luanda, aos 38 anos, e o fez, de novo, quando abraçou a missão, que lhe foi dada, de governar da província do Uíge”, disse.
O embaixador no Quénia, Sianga Abílio, diz ter sido “com grande comoção” ele, família e os funcionários da Embaixada tomaram conhecimento do falecimento do governador do Uíge.
O infausto acontecimento, refere, representa um duro golpe à província do Uíge, ao MPLA e ao país, no geral, que perde, de forma prematura, um jovem promissor e exemplar servidor público.
Quem também se associa a dor é o grupo parlamentar da UNITA, que considera Sérgio Luther Rescova como “um quadro jovem angolano que se destacou na sua organização política, enquanto líder juvenil, na docência, no Parlamento e como governante”.
O governador provincial do Zaire, Pedro Makita considerou, ontem, a morte prematura do homólogo do Uíge uma perda irreparável para todos os angolanos, em particular para a juventude.
O embaixador na Zâmbia, Azevedo Francisco, c onsidera que a “morte prematura” de Luther Rescova representa um “duro golpe” para Angola e ocorre numa altura em que as autoridades do país se desdobram em múltiplos esforços para fazer face à Covid-19 e outras enfermidades que afectam a população.
O presidente do grupo parlamentar do MPLA, Américo Cuononoca, considera que as qualidade e intrepidez de Sérgio Rescova nas intervenções parlamentares fizeram dele um quadro promissor e um militante exemplar que inspirará outras gerações.
O Presidente da República, João Lourenço, declarou, na noite de sexta-feira, que foi “com a mais profunda consternação” que tomou conhecimento do falecimento de Sergíio Luther Rescova e apresentou à família do malogrado os seus mais sentidos pêsames, em seu nome, no da sua família e de todo o Executivo.
O perfil do jovem político
Sérgio Luther Rescova Joaquim nasceu a 16 de Maio de 1980, no município da Damba, província do Uíge.
Mestre em Ciências Jurídico-Políticas e licenciado em Direito, pela Universidade Católica de Angola, foi deputado à Assembleia Nacional, desde 2008, inserido na Comissão de Assuntos Constitucionais e Jurídicos e membro do Conselho da República.
Sérgio Luther exerceu, também, o cargo de secretário nacional da JMPLA, organização juvenil do partido no poder, no qual era membro do Bureau Político do Comité Central.
Foi governador da província de Luanda, de 2 de Janeiro de 2019 a 26 de Maio de 2020, altura em que foi nomeado governador do Uíge.
Manuel Homem, considerou a morte do governador do Uíge “uma perda irreparável”, sublinhando que o povo angolano “viu nele um porto seguro para as suas aspirações de progresso e de desenvolvimento de Angola”