Jornal de Angola

Tribunal decide “caso”11 milhões

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O Tribunal Provincial de Luanda “Dona Ana Joaquina” vai decidir, nos próximos dias, o caso que envolve uma dívida de 11 milhões de kwanzas do Interclube com o ex-atleta de basquetebo­l Miguel Kiala.

Depois de várias vezes ir pela via do diálogo com a direcção do Interclube, o antigo poste decidiu intentar uma acção judicial, no Tribunal Provincial de Luanda, contra o clube, por incumprime­nto das cláusulas contratuai­s válidas entre as épocas de 2017 e 2019.

O basquetebo­lista pretende ser ressarcido em 11 milhões de kwanzas, referentes às luvas do segundo e terceiro anos de contrato. O antigo internacio­nal pela Selecção Nacional manteve, recentemen­te , um encontro de concertaçã­o com a direcção liderada por Alexandre Canelas, no sentido de ver resolvida a situação, mas não obteve nenhuma resposta positiva.

“Contactei a direcção para o Basquetebo­l do Interclube, e orientaram-me a fazer uma carta para o presidente Alexandre Canelas, no sentido de sentarmos e encontrarm­os uma solução, de forma a que não fôssemos parar ao tribunal. Mas, deram-me muitas voltas, mandaram aguardar para ser recebido pelo presidente, e até agora nada. Portanto, só me resta o tribunal para resolver o problema”.

O Jornal de Angola contactou a porta-voz do clube,

Isilda Ramos, que confirmou que a resolução do problema será mesmo a via judicial. “Desde o momento em que o atleta levar a situação ao tribunal, já não depende de nós. Cabe-nos aguardar que o tribunal decida. Não é que queremos que assim seja, mas porque o atleta resolveu levar as coisas a este ponto”.

Miguel Kiala assegurou que recebeu as luvas, no valor de oito milhões de kwanzas, correspond­entes ao primeiro ano. Daí em diante, deixou de auferir os valores referentes ao segundo e terceiro anos de contrato.

Para o segundo ano, o contrato estipula sete milhões de kwanzas, e no terceiro, seis. “Recebi todos os salários. Nas luvas do segundo ano, em Maio de 2018, recebi apenas um milhão dos sete previstos. No terceiro não fui pago. O contrato terminou em Outubro, mas nos meses de Novembro e Dezembro recebi um milhão de kwanzas”, disse.

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