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A Arménia e o Azerbaijão acordaram um cessar-fogo humanitário, na noite de sexta-feira, que entrou em vigor às 8h00 de ontem, pondo fim a duas semanas de luta sangrenta no enclave separatista de NagornoKarabakh, informa a agência EFE. O cessar-fogo entre arménios e azeris foi acordado em Moscovo, onde ficou definida uma troca de prisioneiros de guerra e de corpos de soldados mortos em combate, comprometendo-se ainda a iniciar “negociações substanciais” para chegar a um acordo “rápido” e pacífico para o conflito, refere a EFE.
Segundo a agência France Press (AFP), a Arménia e o Azerbaijão concordaram num cessar-fogo após uma maratona de negociações, que prosseguiu até o início da manhã de ontem em Moscovo, com mediação russa.
O Ministério da Defesa da Arménia informou também que ordenou às unidades militares de Karabakh que cessassem o fogo. Embora as sirenes não tenham parado de soar na capital de Karabakh, Stepanakert, a situação está muito mais calma do que nos últimos dias, quando a cidade foi bombardeada pelo exército do Azerbaijão, acrescenta a EFE.
Segundo constatou a EFE, os poucos habitantes que não foram retirados estão ansiosos, mas cépticos, já que não há plena confiança de que o cessar-fogo durará.
No restante do enclave, a luta continuou na noite passada e nas últimas horas na tentativa de ganhar posições antes do fim das hostilidades.
A Arménia e o Azerbaijão acusaram-se mutuamente de continuar a bombardear áreas civis na manhã de ontem, antes do cessar-fogo entrar em vigor para encerrar quase duas semanas de combates em torno do enclave separatista de NagornoKarabakh.
“Há poucos minutos, o Azerbaijão atingiu novamente áreas civis de Stepanakert com mísseis”, disse no Twitter Artak Belgarian, o mediador desta autoproclamada república, citado pela AFP.
Um repórter da AFP ouviu duas explosões ontem pela manhã, depois de a Arménia e de o Azerbaijão concordarem no cessar-fogo a começar às 8h00.
“As forças armadas arménias estão a bombardear pesadamente áreas povoadas em Geranboy, Terter, Agdam, Agjaberdi e Fizuli. O Azerbaijão está a assumir medidas recíprocas”, disse o Ministério da Defesa do Azerbaijão em comunicado, citado pela AFP.
A dura luta nesta região do Cáucaso deixou centenas de mortos, milhares de desabrigados e reacendeu os temores de uma guerra que envolveria as potências regionais, Rússia e Turquia. Nagorno-Karabakh, enclave do Azerbaijão apoiado pela Arménia, separou-se numa guerra que vitimou mais de 30.000 pessoas no início dos anos 1990.