Campanha agrícola envolve 32 mil famílias camponesas
A campanha agrícola 2020/2021 vai envolver a nível da província do Namibe um total de 32.489 famílias camponesas, 33 cooperativas e 74 associações.
Perspectiva mecanizar 11 mil hectares de terra, numa altura em que a preparação manual vai corresponder a três mil hectares, a tracção animal rondará os 8.500, sendo que a área a semear será de 18.600 hectares.
A abertura da época agrícola aconteceu na passada sexta-feira, na cooperativa de Muhombo, povoação do Giraúl de Cima, comuna do Forte Santa Rita, município de Moçâmedes, tendo, na ocasião, o director do Gabinete Provincial da Agricultura e Pecuária, Zonza Zango de Fátima Puissa, estimado que a produção atingirá um milhão 960 e 821 toneladas de produtos agrícolas diversos.
Informou que esta quantidade é equivalente a 15 mil, 745 milhões e 680 mil kwanzas, ao preço médio por unidade de um quilograma por 80 kwanzas de produtos diversos, com realce para os cereais, leguminosas, raízes, tubérculos, hortícolas e frutas.
Sector pecuário
No domínio da pecuária, Zonza Puissa revelou que a previsão é de produzir 600 mil quilogramas de carne bovina, 210 mil de carne suína, 20 mil de caprina e ovina e 15 milhões de ovos.
A produção pecuária poderá gerar mil milhões 628 milhões 900 mil kwanzas.
Este ano, estima-se vacinar 150 mil bovinos e outros 10 mil canídeos.
No segmento florestal, o sector prevê a produção de 256 mil 430 mudas de plantas em viveiros, que serão distribuídas e para a venda livre de 210 mil mudas, plantação de 150 mil mudas com previsão de uma cobertura de 300 hectares de terra.
O director da Agricultura e Pecuária está esperançado em ver materializada a abrangência do Programa de Desenvolvimento da Produção Nacional, que através do PAC poderá alavancar os projectos do sector agropecuário na província.
No acto da abertura da campanha, o governador da província do Namibe, Archer Mangueira, disse que face à actual situação “as condições de preparação desta campanha foram atípicas e não as melhores”.
Disse que o governo da província não conseguiu colocar à disposição dos agricultores, principalmente os camponeses que se dedicam à produção familiar, os principais imputes.
Apesar disso, reconheceu algum trabalho que está a ser feito para se garantir ainda a distribuição de fertilizantes, adubos, alfaias e algum equipamento agrícola, razão pela qual conta com um “bom ano agrícola”.
A produção pecuária poderá gerar mil milhões, 628 milhões e 900 mil kwanzas. Este ano, estima-se vacinar 150 mil bovinos e 10 mil canídeos, de acordo com dados das autoridades
Necessidades
Os membros das cooperativas de Tchissongo e Muhombo apresentaram ao governador provincial inquietações atinentes à falta de financiamentos, além de meios para aumentar a produção, com realce para tractores para mecanização e carrinhas para facilitar no escoamento de produtos do campo para a cidade.
Destacaram ainda a falta de materiais e equipamentos agrícolas, furos industriais para o uso em tempo seco e outras necessidades.