País poupa três milhões de dólares
Ministro de Estado para a Coordenação Económica manifestou satisfação no acto de inauguração da nova linha de montagem pelo cumprimento de mais um desafio previsto no PRODESI
O país vai poupar, anualmente, três milhões de dólares, com a inauguração, ontem, em Luanda, de uma linha de produção de perfis de aço pela Fabrimetal, no Pólo Industrial de Viana. A fábrica, inaugurada pelo ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, representa um investimento de 21 milhões de dólares.
O país vai poupar, doravante, o valor de três milhões de dólares/ano com a inauguração, ontem, em Luanda, de uma nova linha de produção de perfis de aço pela Fabrimetal, localizada no Pólo Industrial de Viana, na província de Luanda.
A fábrica foi inaugurada pelo ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, e representa um investimento global de 21 milhões de dólares. Com ela, pretende-se aportar uma capacidade instalada de 90 mil toneladas ano.
De acordo com Manuel Nunes Júnior, o país faz grandes esforços cambiais para assegurar a importação deste material e com a entrada em funcionamento da nova linha de produção, deixar-se-á, totalmente, de depender da oferta externa.
Por isso mesmo, defendeu ser necessária a recuperação da trajectória de crescimento económico do país, opção interrompida pela crise económica e financeira com que se bate a economia nacional desde 2014.
Para o ministro de Estado para a Coordenação Económica, aumentar a produção nacional constitui-se num imperativo, de que resultará também a garantia de mais emprego e, consequente, aumento dos rendimentos dos cidadãos e das famílias.
“Quanto mais pessoas estiverem a trabalhar e a auferir salários dignos, maior será o grau de satisfação das famílias. Por esta razão, temos de trabalhar para aumentar o número de empregos na economia”, defendeu.
Manuel Nunes Júnior reconheceu existir em Angola empreendedores e empresários de elevado valor, capazes de assumirem riscos e avançar com projectos empresariais, de modo a torná-los rentáveis e eficientes no ambiente de competição.
Economia circular
Quem também não deixou de reconhecer os feitos positivos no sector da Indústria Nacional até aqui gerados foi o ministro da Economia e Planeamento. Sérgio Santos disse ser esforço do Executivo integrar a “Cadeia de Valor”, não só na recolha de sucata, como também pelas matérias-primas, que é o ferro, como produto final.
O Executivo, segundo Sérgio Santos, está a trabalhar em conjunto com os ministério da Indústria e Comércio,
Agricultura e Pescas e o da Cultura, Turismo e Ambiente no sentido de serem definidas as bases da economia circular. Por esse caminho, vaise analisar a forma de como apoiar as unidades industriais que empregam matéria-prima dos resíduos e pequenos operadores, que podem exercer a actividade de recolha e processamento dos mesmos resíduos.
Por outro lado, segundo disse, esta opção vai permitir à indústria maior oferta de perfis e cantoneiras de aço, elementos estes importantes para o segmento da construção civil.
Um aspecto positivo, realçado por Sérgio Santos, é o da criação com a unidade da Fabrimetal de mais de 500 postos de trabalho para cidadãos nacionais, a fornecedores, incluindo pequenos operadores especializados na recolha de sucatas.
Com o aumento da procura, de acordo com o ministro, a fábrica precisará de mais sucatas, pelo que será necessário ajudar e organizar os pequenos operadores a serem capazes de garantir a oferta e sustentar o negócio.
Outra medida e mais sustentável, defendida por Sérgio Santos, é apoiar a indústria a absorver outro tipo de matéria-prima, no caso o próprio minério de ferro e, como exemplo, referenciou as oportunidades existentes nas minas de Cassala, Quitumbo e Cassinga, actualmente em grande desenvolvimento.
O país faz grandes esforços cambiais para assegurar a importação deste material e com a entrada em funcionamento da nova linha de produção, deixarse-á de depender da oferta externa